@PHDTHESIS{ 2020:184409677, title = {Biologia reprodutiva da caraúna marrom Acanthurus chirurgus (Bloch, 1787) (Perciformes: Acanthuridae) capturada pela frota artesanal no Litoral Norte do estado de Pernambuco, Brasil}, year = {2020}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9547", abstract = "O objetivo deste estudo foi descrever a dinâmica do processo de ovogênese, espermatogênese e a biologia reprodutiva da Acanthurus chirurgus, baseado no índice gonadossomático (IGS), caracterização, distribuição dos estágios de maturação, variação sazonal dos estágios de maturação, tamanho de primeira maturação, frequência e tipo de desova, fecundidade por lote, relativa e tipo de fecundidade, e avaliar a influência da pluviometria e temperatura no período reprodutivo. Entre maio de 2016 e maio de 2018 foram analisados (n = 505), 317 machos e 188 fêmeas, provenientes da pesca artesanal que opera com armadilhas do tipo covo na ilha de Itamaracá, Pernambuco, Brasil. O comprimento dos ovários (CO) variou de 1,12 a 6,36 cm e 0,13 a 2,72 cm de largura e o peso variou de 0,05 a 9,52 g. O ovário é constituído por tecido muscular liso, lamelas ovígeras, células foliculares e germinativas (oogônias, ovócito em crescimento primário – com cromatina nucleolar e perinucleolar, alvéolo cortical, vitelogênese I, II, III, migração e quebra da vesícula germinativa e ovócito hidratado, formam o complexo ovariano. O comprimento dos testículos (CT) variou de 0,86 a 3,81 cm e 0,02 a 1,27 cm de largura. O peso variou de 0,001 a 4,30 g. Os testículos são do tipo espermatogonial irrestrito, composto por tecido muscular liso, células da teca e da granulosa, zona radiada (externa, intermediária e interna), túnica albugínea, tubes túbulos seminíferos primários e secundários, ducto espermático, tecido intersticial. Não foi observada diferenças estatísticas para os estágios: em maturação, regressão e regeneração para o comprimento e largura dos ovários e testículos. Fêmeas e machos foram mais frequentes entre as classes 23 e 27 cm. O crescimento foi alométrico negativo (β1 = 0,139) para a relação PT x CT e a proporção sexual de 0,6F: 1M. Ambos os sexos foram classificados em seis estágios de desenvolvimento: fêmeas - imaturo, em desenvolvimento, capaz de desovar, desova ativa, regressão e regeneração e machos - imaturo, em desenvolvimento, capaz de liberar, liberando, regressão e regeneração. A maior intensidade reprodutiva ocorreu de agosto a dezembro (período seco, pluviometria média: 90,5 mm), com maior frequência de ovários na fase regressão e regeneração. Na PCA, a pluviometria e o período do ano tiveram maior influência nos estágios de desenvolvimento ovariano, não havendo diferenças estatísticas significativas entre os grupos: capaz de desovar e desova ativa (p = 0,548), desenvolvimento e regressão (p = 0,229). Os tamanhos de maturação mínimo (L50) e máximo (L99) foi de 18,03 e 22,05 cm (R² = 0,91). A frequência média de desova variou de 36,2% a 38,7%, com frequência de desova potencial/dia/ano de 2,7 e 2,5 e 19 e 18, pelo método OH e POF, respectivamente. A fecundidade potencial variou entre 15.962 a 75.880 (36.715 ± 14,9), a fecundidade por lote e relativa variaram entre 2.801 a 10.774 (6.622 ± 6,62) e 0,6 a 0,19 (0,12 ± 0,03) ovócitos por miligrama de peso de fêmea. Um hiato no grupo de ovócitos com diâmetro de aproximadamente 325 μm, foi observado na fase Vtg III, separando o grupo de ovócitos menos desenvolvidos do grupo modal de ovócitos mais desenvolvidos nas fases MVG e QVG na classe 375-425 μm, correspondente ao grupo de ovócitos que serão liberados. O diâmetro dos ovócitos correspondente ao estágio capaz de desovar variou de 27,7 a 600 μm (139,36 ±123,41), apresentando distribuição multimodal, com decréscimo no intervalo 400-450 μm. A distribuição da frequência de tamanho para cada estágio de desenvolvimento ovariano, sem presença de hiato no diâmetro dos ovócitos em crescimento primário e secundário, pode ser um indicativo de fecundidade indeterminada, com desenvolvimento ovocitário cíclico. As fêmeas podem desovar mais de duas vezes por estação, por apresentar a desova sincrônica em mais de dois grupos. Nos machos, o processo de maturação não é contínuo, por apresentar testículos no estágio em regeneração.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura}, note = {Departamento de Pesca e Aquicultura} }