@PHDTHESIS{ 2020:1569745769, title = {Características ecológicas e percepção de caçadores como drivers de caça em ecossistemas pan-neotropicais}, year = {2020}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9341", abstract = "A caça para fins alimentares é uma atividade historicamente praticada por populações humanas em praticamente todas as regiões do planeta. Entretanto, o crescimento populacional próximos de áreas conservadas tem intensificado a pressão sobre as espécies alvo. Um grande esforço vem sendo empreendido para compreender alguns aspectos relacionados à caça. Talvez a questão mais importante que precisa ser respondida é: “Que variáveis são capazes de predizer a pressão de caça sobre uma espécie?” A maioria dos trabalhos que investigam padrões de caça, se estruturam sobre o cenário teórico da Teoria do Forrageamento Ótimo (TFO). Apesar da grande contribuição dos trabalhos à luz da TFO, diversas evidências na literatura demonstram que a caça é uma atividade influenciada por inúmeros fatores não relacionados a trocas energéticas. Preferências por sabor, questões relacionadas à saúde, prestígio ou lazer são variáveis fundamentais para entender alguns padrões de caça. Fortemente influenciada pela TFO, a Teoria Socioecológica da Maximização (TSM) afirma que seres humanos selecionam recursos, seguindo uma lógica de redução de custos e maximização de benefícios em múltiplos parâmetros. Pautado na TSM, o objetivo dessa tese foi tentar identificar que fatores influenciam a seleção das espécies caçadas. Buscamos atingir esse objetivo a partir de duas abordagens. Inicialmente, realizamos uma revisão de literatura e uma análise em larga escala e avaliamos como características ambientais e aspectos ecológicos das espécies caçadas poderiam potencializar as chances de uma espécie ser caçada. Numa segunda abordagem, entrevistamos consumidores de caça em uma comunidade tradicional e verificamos como o custo-benefício, preferências pessoais e a abundância das espécies caçadas influenciam as chances de uma espécie ser caçada. Nós observamos uma preferência por espécies de grande porte como um padrão geral em larga escala. Entretanto, a priorização de espécies de biomassa elevada varia de acordo com o nível trófico da espécie caça e com o ecossistema em que a espécie ocorre. Nossos resultados também demonstram que o custo-benefício não é um fator necessariamente relevante na escolha de uma espécie alvo. Diferente disso, as preferências pessoais e a disponibilidade de um animal são as variáveis que mais explicam a pressão de caça. Por fim, desenvolvemos um método de análise de listas livres que tem o objetivo de identificar itens salientes e idiossincráticos a partir da criação de um cenário nulo com os valores de saliência dos itens de um domínio cultural. Nosso conjunto de evidências deixa claro a necessidade do uso de modelos de estudo mais abrangentes que a TFO no estudo de atividades humanas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza}, note = {Departamento de Biologia} }