@PHDTHESIS{ 2021:311989171,
 	title = {Estudo etnobiológico sobre o uso de plantas para o tratamento de convulsões em crianças},
 	year = {2021},
 	url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9338",
 	abstract = "As convulsões consideradas como os distúrbios neurológicos mais comuns durante a infância, aproximadamente 4% das crianças vão apresentar pelo menos um episódio convulsivo até os 15 anos de idade. As convulsões ainda são permeadas por estigmas e pensamentos mágicos e religiosos, e têm potencial para causar danos neurológicos e impactar negativamente a qualidade de vida de crianças e de adolescentes. Além do tratamento farmacológico convencional, o uso de plantas com possíveis propriedades anticonvulsivantes é observado, em especial, por comunidades tradicionais, em preparos caseiros ou ritualísticos. Portanto, nesse estudo se trabalhou com as seguintes hipóteses: a planta mais referida para o manejo das convulsões em uma comunidade tradicional apresentará efeitos anticonvulsivantes e a percepção da comunidade acerca do efeito anticonvulsivante relatado para as espécies é potencializada pelo pensamento mágico-religioso. Assim, essa pesquisa teve como objetivo investigar as crenças e os conceitos acerca da convulsão e os tratamentos tradicionais empregados para o manejo das convulsões recorrentes e não-recorrentes em crianças da comunidade, com foco para a utilização de espécies vegetais. A coleta foi realizada na comunidade quilombola Sítio Arruda, localizada em Araripe, Ceará. A amostra foi do tipo não-probabilística e os sujeitos da pesquisa contatados diretamente na comunidade. Os participantes da pesquisa tinham entre 18 e 85 anos de idade e esboçavam conhecimentos referentes ao uso e ao manejo de plantas medicinais para tratar crises convulsivas agudas e/ou crônicas. Para a coleta de dados foi aplicada a técnica de Lista Livre, um formulário socioeconômico e um roteiro de entrevista semiestruturada. Na análise dos dados qualitativos, relacionados às crenças e aos conceitos, foi empregado o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Para análise dos dados etnobiológicos foi aplicada a técnica de listagem livre e a frequência relativa de citação (RFC). Sobre os conceitos e crenças, surgiram 14 ideias centrais, as mais prevalentes foram “Convulsão é um tipo de doença mais comum em crianças” (50,0%); “A convulsão ocorre por causa da febre” (42,0%); “Na comunidade tratamos e prevenimos a convulsão com o uso de plantas” (63,2%). Acerca dos dados etnobiológicos, o estudo identificou 19 espécies, sendo a mais citada Gossypium herbaceum (0,36). Pela técnica de listagem livre, Myristica fragrans foi a espécie mais presente no imaginário coletivo. Para ambas, são reportados ensaios farmacológicos que indicam ação anticonvulsivante. A percepção de membros da comunidade sobre o efeito anticonvulsivante para as espécies citadas foi potencializada por fatores culturais e pelo pensamento mágico e religioso, emergindo elementos da percepção de cura e fé no discurso dos informantes pela análise com DSC. A realização desta pesquisa pretendeu resgatar e preservar o conhecimento da comunidade quilombola de Sítio Arruda. Além disso, propiciar informações sobre possíveis espécies com ação anticonvulsivante, visando à elaboração de patentes e a fabricação de fitoterápicos.",
 	publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco},
 	scholl = {Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza},
 	note = {Departamento de Biologia}
}