@MASTERSTHESIS{ 2023:920650560, title = {O papel das plantas medicinais exóticas no tratamento de doenças da modernidade: um estudo no contexto de mercado em escala global}, year = {2023}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9330", abstract = "Doenças da modernidade são consequências do nosso estilo de vida e interação com o meio, sejam elas novas doenças (Covid-19), ou doenças que passaram a ser mais incidentes aos longos dos anos (câncer, depressão, diabetes). Essas doenças podem ser complexas para um sistema médico local, pois requer o reconhecimento de sintomas e tratamentos adequados que podem não ser familiares à população. Esse trabalho parte do pressuposto que espécies exóticas estão sendo priorizadas para tratamento de doenças da modernidade em sistemas médicos, à medida que estão mais acessíveis através do contexto de globalização, trazendo consigo um conjunto de informações já validadas por outras culturas. Ainda, no contexto de modificação de paisagem e hábitos culturais decorrente do processo de urbanização, tentamos identificar alguns padrões culturais e ambientais de utilização/inserção de plantas medicinais exóticas e nativas em sistemas médicos no tratamento dessas doenças. Tivemos como objeto de estudo os mercados públicos. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática, buscando trabalhos em mercados em escala mundial, sendo incluídos um total de 33 artigos. Analisamos se existia uma maior proporção de espécies exóticas comercializadas no tratando doenças modernas quando comparadas a outras doenças, para tal, calculando o tamanho do efeito (espécies exóticas tratando doenças da modernidade e as demais) de cada estudo a partir da medida de Odds Ratio (OR), e após aplicamos o modelo de efeitos aleatórios. Logo mais, analisamos se fatores como a média total de cobertura vegetal em um raio de 10 e 100 km, distância dos mercados de coberturas vegetais de no mínimo 5 ha, e a taxa de urbanização, influenciam na escolha de espécies exóticas quando comparadas as nativas para o tratamento de doenças da modernidade. Para sabermos se tais fatores influenciavam na seleção das espécies, utilizamos um modelo de regressão linear simples para cada fator. Os resultados indicaram que tanto doenças da modernidade, como as demais doenças possuem a mesma proporção de espécies exóticas para seus tratamentos (Q= 43.4255, p= 0.0857), e que nem cobertura vegetal média em 10 km (R= 0.03525, p= 0.7376), 100 km (R= 0.03836, p= 0.8443) e a taxa de urbanização (R= -0.03818, p= 0.8357) influenciam na proporção de espécies exóticas e nativas tratando doenças da modernidade.Tais resultados podem ser influenciados pela sintomatologia das doenças. Algumas doenças da modernidade podem compartilhar com as demais doenças os mesmos conjuntos de sintomas, o que poderia resultar na mesma proporção de espécies exóticas em seus tratamentos. Além disso, os mercados são o resultado de diferentes fontes de conhecimento e lugares, o que os tornam complexos, e até mesmo mais diverso que o contexto local, e o que pode ter limitado a nossa pesquisa. Sendo assim, torna-se necessário a realização dessa pesquisa em comunidades locais e tradicionais, pois os resultados podem ser diferentes.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza}, note = {Departamento de Biologia} }