@MASTERSTHESIS{ 2020:118128803, title = {Rituais e curas: o uso de plantas por rezadores do Cariri cearense - Nordeste do Brasil}, year = {2020}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9326", abstract = "Estudos etnobotânicos com especialistas locais vem sendo reportados em várias partes do mundo. No Brasil, um dos grupos de especialistas locais são os rezadores, que possuem grande conhecimento a respeito de plantas medicinais, de uso simples ou em associações com outras espécies, para curar ou tratar enfermidades. Objetivou-se identificar quais são as espécies de plantas medicinais, de uso isolado e associado, conhecidas pelos rezadores do Geopark Araripe. Para coletar os dados foram realizadas entrevistas por meio de formulários estruturados com os especialistas locais. A análise de dados se deu por meio dos índices de Importância Relativa (IR), Fator de Consenso dos Informantes (FCI), Concordância de Uso Principal (CUP) e Índice de Utilidade de Espécies em Misturas (IUTM). Ainda, foram realizadas análises no software Gephi para visualizar as conexões entre as famílias botânicas e as espécies de plantas medicinais utilizadas em misturas. Foram entrevistados 30 rezadores sobre o uso de plantas medicinais para tratar e curar enfermidades. No total, 89 espécies de plantas medicinais pertencentes a 47 famílias botânicas foram citadas. As espécies foram divididas em dois grupos de acordo com o uso: isolado (66 spp.) ou associado (52 spp.). Asteraceae, Fabaceae e Lamiaceae foram as famílias botânicas mais representativas tanto para uso isolado quanto em associações. A espécie de uso isolado que apresentou a maior versatilidade foi Rosmarinus officinallis L. (IR=2,0), e a mistura foi a M28 (IR=2,0), composta por Secondatia floribunda A. DC. e Poincianella pyramidalis (Tul.) L. P. Queiroz. O sistema corporal digestivo (FCI=0,59) foi o que se destacou dentre os tratados com espécies de plantas medicinais de uso simples, onde as mais citadas foram Egletes viscosa (L.) Less e Lippia alba (Mill) N. E. Britton & Ex P. Wilson. Dentre os sistemas tratados com associações de plantas medicinais o psicológico (FCI=0,5) obteve maior valor. O CUPc foi calculado para as espécies de uso isolado, onde as que mais se destacaram foram Mentha spicata L. e L. alba. O IUTM calculado para as 52 espécies medicinais em associações, variou de 0,17 a 1,00. O conjunto de resultados apresentados na análise geral sugere uma tendência de associação entre algumas espécies e entre as famílias, onde as que mais se destacaram foram Lamiaceae, Fabaceae, Amaryllidaceae, Crassulaceae e Myrtaceae. As espécies que são utilizadas para fins medicinais de forma isolada, também podem ser empregadas em misturas para tratar a mesma doença, ou outro tipo de enfermidade dentro do mesmo sistema corporal. Entretanto, são necessários testes farmacológicos que comprovem o potencial de eficácia da interação entre as espécies.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza}, note = {Departamento de Biologia} }