@MASTERSTHESIS{ 2022:245875849, title = {Avaliação da resistência de cultivares comerciais de milho (Zea mays) ao ataque de Sitophilus zeamais Motschulsky (Coleoptera: Curculionidae)}, year = {2022}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9301", abstract = "O coleóptero Sitophilus zeamais (Curculionidae) é uma das pragas mais importantes de cereais armazenados no mundo, podendo infestar os grãos no campo e no armazenamento. O controle desta praga é feito usualmente com inseticidas sintéticos, os quais apresentam alto custo e são utilizados, muitas vezes, de forma inadequada e recorrente, ocasionando o desenvolvimento de populações de insetos resistentes aos produtos utilizados. Além disso, deixam resíduos nos alimentos e no meio ambiente, gerando um risco tanto para a saúde humana como para o agroecossistema. Nesse sentido, o uso de variedades resistentes destaca-se como uma das formas mais eficazes de combater pragas no armazenamento, pois tornam os grãos mais resistentes ao ataque e estabelecimento dos insetos. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar a susceptibilidade/resistência de cultivares de milho comerciais (BRS GORUTUBA-EMBRAPA, SÃO JOSÉ-IPA, CMS 36-IPA, AG 1051 AGROCERES, AL BANDEIRANTE-CATI E FEROZ VIP-SYNGENTA) a S. zeamais, através de testes com e sem chance de escolha. Nos testes sem chance de escolha foi avaliada a emergência diária, a taxa instantânea de crescimento (ri) de S. zeamais, e a perda de massa dos grãos. Foram utilizadas 10 arenas individuais constituídas por potes plásticos (100mL) contendo 20g de milho de uma das cultivares e 20 insetos adultos não sexados, com idade de até 48h. Para a avaliação da emergência, os insetos ficaram confinados em contato com os grãos por sete dias para efetuarem a postura. Após este período, os insetos foram retirados e os grãos foram novamente armazenados por um período de 30 dias, procedendo-se então a contagem do número de insetos emergidos em cada variedade e a perda de massa decorrente do consumo dos insetos. No teste de avaliação da taxa de crescimento populacional de S. zeamais foram utilizados os mesmos procedimentos de montagem das arenas, entretanto os insetos permaneceram armazenados nos potes em contato com os grãos durante 37 dias. Após este período, avaliou-se o número de insetos vivos em cada cultivar. No teste com chance de escolha foi avaliada a preferência de S. zeamais pelas diferentes cultivares de milho. Foram utilizadas arenas compostas por um pote plásticos redondo (3L) contendo seis frascos menores (50 mL), inseridos num disco de isopor, distantes equitativamente entre si. Nos frascos menores foram distribuídas 20g de apenas uma das cultivares de milho, sendo liberados no centro da arena 100 insetos adultos de S. zeamais, não sexados, com idade de até 48h, de maneira que pudessem escolher entre os tratamentos. As arenas foram cobertas por organza e, após 48h, foi contabilizado o número de insetos em cada cultivar. Posteriormente, os frascos menores foram cobertos individualmente e armazenados por mais 30 dias. Após esse período foi contabilizada a emergência diária e total dos insetos até não ocorrer o surgimento de novos insetos, e a perda de massa dos grãos decorrente do consumo dos insetos. Todos os experimentos foram realizados no delineamento inteiramente casualizado, em câmaras climáticas do tipo B.O.D., a 27±2 °C, 24 h de escotofase e 70±5% de UR. Observou-se no teste sem chance de escolha que houve efeito significativo das cultivares testadas sobre a emergência de indivíduos de S. zeamais. Observou-se baixa emergência de insetos principalmente nas cultivares BRS GORUTUBA, CMS 36 e SÃO JOSÉ. Após o quarto dia de avaliação não surgiram novos insetos, à exceção da cultivar SÃO JOSÉ em que ainda houve emergência no quinto dia de avaliação. Para a perda de massa dos grãos, observou-se os menores valores para as cultivares AL BANDEIRANTE e AG-1051 AGROCERES, em ambos os testes (sem e com chance de escolha), mas de maneira geral as perdas foram baixas, variando de 0,5% a 2%. Em relação ao teste de preferência, foi observado que BRS GORUTUBA e SÃO JOSÉ apresentaram maior atração para a alimentação e/ou oviposição inicial dos insetos que as demais cultivares avaliadas. Por outro lado, foram observados valores positivos de ri apenas nas cultivares BRS GORUTUBA e CMS-36, indicando que houve crescimento populacional de S. zeamais nessas cultivares. Conclui-se que as cultivares BRS GORUTUBA e SÃO JOSÉ foram mais susceptíveis ao ataque de S. zeamais enquanto AL BANDEIRANTE e AG-1051 AGROCERES apresentaram-se mais resistentes, sendo observado, de maneira geral, que os mecanismos envolvidos foram antixenose e antibiose.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal}, note = {Unidade Acadêmica de Serra Talhada} }