@MASTERSTHESIS{ 2021:2109272011, title = {Estratégias de segurança hidráulica e características anatômicas de plantas lenhosas da Caatinga em resposta à sazonalidade climática}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9290", abstract = "Plantas de florestas tropicais sazonalmente secas são susceptíveis à cavitação dos seus vasos, tanto em folhas quanto no lenho, tendo de suportar uma maior tensão na coluna de água e gerenciando um trade-off entre eficiência e segurança hidráulica, que se reflete na densidade de madeira e estrutura do xilema. Entretanto a inter-relação entre parâmetros biológicos e hidráulicos é complexo e pouco explorado, sendo essa correlação essencial para melhor compreender as estratégias de tolerância a seca. Objetivou-se com este trabalho testar a hipótese que plantas do semiárido apresentam diferentes mecanismos e estratégias de tolerância a seca em função da densidade de madeira. Foram analisadas características anatômicas, fenológicas e fisiológicas de quatro espécies lenhosas da Caatinga, pertencentes a dois grupos funcionais, sendo duas de alta densidade de madeira (ADM) e duas de baixa densidade de madeira (BDM). O estudo foi desenvolvido em uma área de Caatinga, semiárido do Brasil, onde foram coletados dados mensais, por um ano, da fenologia, potencial hídrico do xilema e condutância estomática. Além disso, amostras de folhas e galhos foram realizadas para análise da estrutura anatômica. Foi utilizado o software R, na plataforma do RStudio v 1.1.46 – 2009-2018 e SigmaPlot versão 14, para análise estatística e produção de gráficos. Assim como previsto, a densidade da madeira juntamente à fenologia, anatomia e fisiologia foi determinante para se compreender as estratégias de eficiência e segurança hidráulica. As espécies BDM apresentaram uma estratégia preventiva, enquanto as espécies ADM foram mais tolerantes à seca. Como forma preventiva, as espécies BDM perderam as folhas antes de iniciar a estação seca, apresentaram condutividade hidráulica potencial 66,78% maior que espécies ADM, bem como maior densidade estomática (24,81%). Entretanto, espécies BDM foram 54,18% mais vulneráveis a falhas hidráulicas do que espécies ADM. As espécies ADM apresentaram folhas anatomicamente mais resistentes, com presença de fibras gelatinosas junto a uma bainha esclerenquimática circundante a nervura central, não sendo observado em espécies BDM. Estes dados indicam que espécies ADM possuem uma maior tolerância a seca por possuir uma arquitetura hidráulica mais resistente. Por outro lado, as espécies BDM usam de estratégias preventivas, mantendo seu potencial hídrico elevado para evitar o colapso do sistema hidráulico durante o período seco. Com base nesses resultados, a inter-relação de fatores biológicos e hidráulicos determinam o desempenho da planta à seca em função do grupo funcional, demostrando que grupos funcionais distintos podem apresentar estratégias diferentes em função da seca.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal}, note = {Unidade Acadêmica de Serra Talhada} }