@MASTERSTHESIS{ 2020:1746304656, title = {Quando uma luz se apaga e outra se acende: o menino Geydson e a liberdade assistida no Sertão de Pernambuco}, year = {2020}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9031", abstract = "Quando uma luz se apaga e outra se acende: o menino Geydson e a liberdade assistida no sertão de Pernambuco, conta a trajetória de vida de um adolescente que viveu o sistema socioeducativo entre os 12 e 17 anos. O objetivo desta pesquisa é investigar os impactos da medida em sua trajetória e as possibilidades da ação pedagógica no processo socioeducativo, para a reconstrução do seu projeto de vida durante e para além do cumprimento da medida. Os enfoques teóricos metodológicos nos ajudam a pensar e discutir o sistema socioeducativo em meio aberto, sua eficácia, eficiência e efetividade. A liberdade assistida tem como pressuposto acompanhar, orientar e auxiliar o adolescente que se encontra em conflito com a lei e deve garantir em seu desenvolvimento a autonomia e o protagonismo do socioeducando, oportunizando-o a uma autêntica experiência de reconstrução de seu projeto de vida. No plano legislativo, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE repercutem diretamente na materialização das políticas públicas para garantir ações pautadas nos princípios dos direitos humanos. O processo histórico de institucionalização das infâncias no Brasil comprova um passado que não queremos como presente, de práticas de vigilância e controle, sob a égide dos Códigos de Menores que promoviam um atendimento baseado na perspectiva da criança e do adolescente como objetos da intervenção do Estado. A concepção do adolescente enquanto sujeito de direitos se constitui no contexto da proteção integral, entretanto, a promoção desses direitos ainda carece, em muitas situações, de uma efetivação prática, principalmente quando se refere ao adolescente em conflito com a lei. A trajetória de Geydson, marcada pelo cumprimento de diferentes medidas e reincidências, denuncia as violações e violências sofridas dentro e pelo sistema, a não articulação das políticas no Sistema de Garantia de Direitos – SDG e demonstra a todo instante que a cultura punitivista ainda prevalece nas práticas socioeducativas atuais. A trajetória de vida que nos foi contada por ele através das cartas, evidencia uma liberdade assistida, que mesmo em um lugar e tempo específico, se relaciona com outras discussões sobre a medida em outros lugares e tempos. A narrativa de Geydson nos leva a pensar que o sistema socioeducativo ainda funciona como uma máquina que mantém viva as práticas de repressão, violência, disciplina e controle.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades}, note = {UFRPE - FUNDAJ} }