@PHDTHESIS{ 2021:118318476, title = {A heterogeneidade de habitat e sua influência nas diversidades taxonômica, funcional e filogenética em área de floresta ombrófila em Pernambuco}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8929", abstract = "As comunidades podem variar em riqueza e diversidade em função da disponibilidade de recursos a qual pode ser modificada de acordo com a heterogeneidade de habitat. Foi investigado se a heterogeneidade de habitat (representada pela topossequência) interfere na montagem de comunidades arbóreas em três áreas de Floresta Ombrófila (duas localizadas em Igarassu e uma em Goiana). No primeiro capítulo foi testada a hipótese que a variação das variáveis químicas do solo ao longo de uma topossequência (plano com água, encosta e topo) possibilita a existência de diferentes padrões de riqueza e diversidade de espécies arbóreas e, neste caso, a previsão adotada foi que nos ambientes mais restritivos (áreas com baixos teores de fósforo e potássio, com alta saturação de alumínio e baixo pH) seriam encontradas menores riqueza e diversidade de espécies. No segundo capítulo foi avaliada a resposta dos traços funcionais de plantas arbóreas ao longo de uma topossequência (topo, encosta e plano com água), portanto a expectativa era que seria encontrada menor diversidade funcional e menor dispersão filogenética nas áreas com ambientes mais restritivos (áreas planas com água) como os encontrados nas parcelas das áreas planas com água. Para o estudo taxonômico foram incluídos indivíduos arbóreos com a circunferência do fuste ≥ 15 cm nas 45 parcelas (15 em cada mata estudada subdividida em cinco parcelas em cada área da topossequência), sendo as parcelas lançadas a partir de 50 m de distância em relação à borda das áreas das matas com distância de 10 m entre as mesmas. Nas parcelas foram coletadas amostras de solos na profundidade de 0-20 cm para análises químicas da fertilidade (pH, Al, P e K). Analisou-se a diversidade alfa através da Série de Hill e a diversidade beta foi analisada a partir do seu particionamento usando-se os Índices βsor, βjac e βnes. A lista florística foi elaborada pelo sistema APG-IV. Para o estudo das diversidades funcional foram analisados seis traços funcionais (área foliar, área foliar especifica, matéria seca da folha, conteúdo de clorofila da folha, densidade da madeira e altura). A estrutura da diversidade funcional foi analisada pelo índice de entropia quadrática de Rao e a estrutura da diversidade filogenética foi verificada pelo índice de Rao filogenético e pelo Índice de Parentesco Líquido (NRI). O estudo da diversidade taxonômica e sua relação com a heterogeneidade de habitat não comprovou a previsão inicial de que seria encontrado menor riqueza e diversidade de espécies nas áreas com ambientes mais restritivos, mas comprovou a relação da diversidade beta com a variação topográfica, pois o processo de turnover é predominante nas comunidades estudadas, sinalizando assim que outros fatores abióticos/bióticos não identificados nesta pesquisa podem estar atuando no processo de montagem de comunidades em conjunto com fatores bióticos. Foi observado que a diversidade funcional não está associada às diferentes situações topográficas, e que possivelmente processos estocásticos podem estar sendo mais importantes na estruturação das comunidades. Em relação ao Rao filogenético não ocorreram diferenças significativas entre as comunidades planas com água, encosta e topo, sendo as comunidades filogeneticamente similares. A estrutura filogenética das comunidades arbóreas avaliada pelo NRI apontou que o valor de NRI da encosta foi significativamente distinto das áreas planas com água e topo. Os resultados da pesquisa mostraram que as abordagens filogenéticas não devem ser consideradas como substitutas da diversidade funcional, pois tratam de processos distintos.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais}, note = {Departamento de Ciência Florestal} }