@PHDTHESIS{ 2021:1496525579, title = {Úlceras do abomaso: estudo epidemiológico e anatomopatológico em bovinos com comorbidades}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8864", abstract = "Muitos são ainda os questionamentos quanto a etiopatogenia das úlceras do abomaso que acometem os bovinos e que impactam na produção animal, causando prejuízos econômicos expressivos. Nos últimos dez anos, houve um maior interesse da comunidade científica em esclarecer as possíveis relações de causa e efeitos desta enfermidade. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi realizar um estudo, epidemiológico e anatomopatológico em bovinos com úlceras do abomaso e portadores de comorbidades. Foram utilizados 201 bovinos, 40/201 (20%) jovens com idade inferior a dois anos e 161/201 (80%) adultos, com idade superior a dois anos e meio, e diagnosticados com úlceras tipo 1 ou 2 no exame anatomopatologico e 25 bovinos, jovens (n=8, idade inferior a dois anos) e adultos (n=17, idade superior a dois anos e meio), diagnosticados com úlceras do abomaso perfuradas do tipo 3, 4 ou 5, no exame clínico, ultrassonografico, de laparotomia exploratória, centese abdominal ou anatomopatológico. Os indicadores epidemiológicos de risco como; sexo, raça, idade, tipo de criação, alimentação, época do ano, práticas sanitárias e estágio de lactação, assim como os dados clínicos, anatomopatológico e de diagnóstico foram coletados por meio dos prontuários clínicos. Na necropsia as úlceras foram analisadas quanto ao grau de penetração na mucosa, sangramento e distribuição topográfica por região acometida, cárdica, fúndica e pilórica bem como a cavidade abdominal foi avaliada quanto a presença de peritonite. Para o exame histopatológico, as úlceras foram fixadas em formalina tamponada a 10%, processadas por protocolo de rotina e coradas com hematoxilina-eosina (HE). Houve uma maior ocorrência dos casos de úlceras do abomaso em fêmeas, no período seco (outubro a março). No exame macroscópico do abomaso, úlceras focais subtipo 1b e úlceras múltifocais subtipo 1a e 1b foram as mais encontradas, respectivamente. As úlceras do abomaso tipo 1 e 2 foram caracterizadas por processo inflamatório focal, focalmente extenso, multifocais ou difusos, principalmente por células mononucleares. Abomasite associada a mucosa ulcerada foi encontrada em 160/201 (79,60%), com hiperplasia de folículos linfoides em 104/201 (51,74%). Em 26/201 (12,93%) a abomasite apresentava focos difusos de proliferação linfocítica multifocal por linfócitos atípicos. Na histopatologia das úlceras perfuradas, abomasite linfocítica e neutrofílica foi encontrada na maioria dos casos, associado a fibrose com trombose de vasos. Os principais achados clínicos nos animais com úlcera perfurada foram: apatia, desidratação, hipomotilidade intestinal, fezes diarreicas, rúmen hipomotílico ou atônico, taquicardia, taquipneia, distensão abdominal com abaulamento bilateral e tensão abdominal aumentada. Os achados hematológicos anormais mais frequentes foram hipoproteinemia e leucocitose por neutrofilia com desvio a esquerda. O líquido peritoneal (LP) dos animais com úlcera perfurada, evidenciou reação inflamatória, na citologia, característica de exsudato. O diagnóstico de úlcera perfurada foi possível em três casos na ultrassonografia e em dois casos na laparotomia exploratória. No exame posmortem todos os casos de úlcera tipo 3, 4 ou 5, apresentaram peritonite focal, peritonite difusa ou bursite omental, respectivamente. As comorbidades estavam presentes em 68% e 100% dos casos em animais com ulceras perfuradas e do tipo 1 e 2, respectivamente, sendo as mais frequentes relacionadas ao sistema digestivo. Sendo assim, os resultados deste estudo enfatiza a ocorrência de úlceras do abomaso tipo 1 em bovinos leiteiros com diferentes comorbidades prmárias. Embora, as úlceras tipo 1 não causem sinais clínicos característicos, é possível que sejam causa importante de dor abdominal e da diminuição da produção em bovinos leiteiros, por outro lado, as úlceras perfuradas causam sinais clinicos sugestivos de pertitonite, e dessa forma a ultrassonografia com a centese abdominal e a laparotomia exploratória, constituem ferramentas necessárias para predizê-las, e sempre é possível um diagnóstico quando esses exames são combinados, auxiliando o veterinário na tomada de decisões para evitar mais sofrimento do animal e custos desnecessários com o tratamento. Uma vez que, os casos de úlceras tipo 4 ou 5 apresentam evolução clinica desfavorável.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária}, note = {Departamento de Medicina Veterinária} }