@PHDTHESIS{ 2021:201988631, title = {Fluxo de Th e identificação de fontes de sedimentos na bacia hidrográfica do rio Ipojuca}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8845", abstract = "O rio Ipojuca é o terceiro sistema fluvial mais poluído do Brasil. Elevadas concentrações e fluxos de metais em sedimentos indicam o padrão de contaminação, sendo comparados com valores de bacias impactadas por mineração. Mudanças hidrológicas e morfológicas recentes na faixa estuarina-zona marítima aumentaram a suscetibilidade de sedimentação de partículas finas e de metais nesses ambientes. Presume-se aqui que outros elementos possam estar sendo aportados, como radionuclídeos, e que a identificação de fontes e o controle da erosão do solo e do transporte de sedimentos podem reduzir a distribuição de contaminantes para o exutório e o ambiente costeiro local. Nesse sentido, os objetivos desse trabalho foram (1) avaliar os teores naturais em solos e a distribuição de Th nos sedimentos em suspensão (SS) e de fundo (BS) da bacia, (2) avaliar os padrões de entrega de sedimentos com base na combinação de diferentes classificações de fontes potenciais do método fingerprinting e (3) avaliar a dinâmica de entrega de diferentes fontes de sedimentos do trecho semiárido do Rio Ipojuca. (1) A concentração média de Th nos solos da bacia foi de 28,6 mg kg-1. Os Valores de Referência de Qualidade estimados foram 21 mg kg-1 e 86,3 Bq kg-1. As concentrações no leito e no sedimento em suspensão variaram de 2,8 a 32,9 mg kg-1. Os sedimentos em suspensão transportaram 3,42 t ano-1 de Th, equivalente a mais de 99% do fluxo deste elemento. Na seção transversal a jusante, as amostras de sedimentos em suspensão exibiram concentrações de Th semelhantes às observadas em rios impactados por atividades de mineração. Entretanto, não houve evidência de impactos antrópicos nas concentrações de Th. O fluxo de sedimentos da área de estudo para o oceano é principalmente desencadeado por processos de erosão do solo na região do curso médio-inferior. (2) A região a jusante (SS = 80,5% e BS = 86,7%), os Latossolos (SS = 65% e BS = 30,8%) e o cultivo de cana-de-açúcar (SS = 62% e BS = 63.6%) foram as fontes dominantes de sedimentos. De forma combinada, as áreas de Latossolo e cana-de-açúcar controlaram cerca de 63,5% dos SS e 47,2% dos BS transportados na saída da bacia, ou seja, menos de 8% ou aproximadamente 280 km² da bacia. Abordagens com combinações de fontes potenciais, a partir de discriminações robustas, tendem a proporcionar maior detalhamento das áreas sob erosão dominante e reduzir a escala da contenção desses processos. (3) A bacia inferior semiárida apresentou contribuições significativamente maiores do que as outras fontes regionais (média e superior), aproximadamente 69% 56% dos SS e BS, respectivamente. Não houve fonte dominante nos usos do solo. A Caatinga (SS = 49%; BS = 47%) expressou suave superioridade em relação ao banco de canal (SS = 35%; BS = 39%). Portanto, a recuperação e a conservação da vegetação da Caatinga e a estabilização dos bancos de canais principalmente no trecho inferior são fundamentais para o controle do transporte dos sedimentos fluviais no trecho final desta bacia semiárida. Mais estudos são necessários para melhor avaliação dos padrões conservativos dos parâmetros de cor nos ambientes semiáridos. Aqui, disponibilizamos uma das primeiras informações de contribuições de sedimentos dos principais usos e cobertura do solo da região semiárida do Nordeste do Brasil", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo}, note = {Departamento de Agronomia} }