@PHDTHESIS{ 2021:952173147, title = {Efeitos da arquitetura das macrófitas e dos macroinvertebrados sobre a estrutura de algas epifíticas em um reservatório tropical}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8804", abstract = "A presente tese visa compreender os fatores que influenciam a estrutura das comunidades de algas perifíticas e macroinvertebrados em um reservatório tropical, considerando as características funcionais e diversidade beta das espécies de algas perifíticas, além de compreender os efeitos top-down exercidos pelos peixes sobre as algas perifíticas e macroinvertebrados nos ecossistemas aquáticos continentais. O estudo foi realizado em cinco diferentes pontos no reservatório Jazigo, Serra Talhada, PE, Brasil. Foi realizado um monitoramento trimestral, entre os anos de 2017 a 2018 (n = 4), para entender o papel das variáveis limnológicas e biótica (complexidade estrutural das macrófitas) sobre a estrutura e características funcionais das comunidades das algas perifíticas e estrutura dos macroinvertebrados. Os efeitos dos filtros ambientais sobre a diversidade beta das algas perifíticas, e, um experimento in situ para avaliação dos peixes sobre a biomassa das algas perifíticas, macroinvertebrados e macrófitas. Os atributos estruturais (riqueza, biomassa, abundância e diversidade) das algas perifíticas e macroinvertebrados foram direcionados pela complexidade morfológica das macrófitas. A análise RLQ mostrou que as espécies frouxamente aderidas e emaranhadas foram positivamente correlacionadas com a intensidade luminosa e oxigênio dissolvido; as espécies prostradas se correlacionaram positivamente com macrófitas de média complexidade estrutural. As espécies coloniais se correlacionaram positivamente com o nitrato, amônia, nitrogênio inorgânico dissolvido e macrófitas com baixa complexidade; enquanto as espécies unicelulares, os heterotricomas e as filamentosas se correlacionaram positivamente com a condutividade, temperatura e macrófitas com alta complexidade estrutural. Esses efeitos foram observados também sobre a diversidade beta de algas perifíticas. A diversidade alfa e beta foram maiores nas macrófitas com maiores complexidade morfológica. Além disso, a presença de diferentes espécies de macrófitas contribuiu para o aumento da riqueza e da diversidade beta de algas perifíticas. A substituição foi o componente determinante da diversidade beta das algas perifíticas e foi maior nas macrófitas de maior complexidade morfológica Eichhornia crassipes e Ludwigia helminthorrhiza. Esse componente tem forte relação com habitats complexos. Além disso, a diversidade beta das algas perifíticas foi impulsionada principalmente por variáveis físicas (51,34%) e químicas (31,14%), e pelos macroinvertebrados (4,21%). A análise de redundância explicou 65% da distribuição das algas perifíticas com os filtros ambientais (físicos, químicos e biológicos) O nitrogênio inorgânico dissolvido, complexidade morfológica das macrófitas, temperatura, a abundância dos macroinvertebrados, intensidade luminosa e oxigênio dissolvido foram importantes para explicar a diversidade beta de algas perifíticas. Portanto, os fatores físicos e químicos funcionam como filtros ambientais sobre as algas perifíticas. Quanto ao efeito top-down exercido pelos peixes sobre os macroinvertebrados mostrou a eficiência da manipulação do peixe onívoro no controle da biomassa dos macroinvertebrados e indiretamente da biomassa das algas perifíticas e das macrófitas em um reservatório tropical. Após 30 dias, todos os tratamentos com adição do peixe onívoro apresentaram uma redução da biomassa dos macroinvertebrados e o aumento da biomassa das algas perifíticas. No tratamento sem a adição do peixe e, apenas na presença dos macroinvertebrados, a biomassa das algas perifíticas reduziu e a biomassa das macrófitas aumentou ao longo do experimento. A presente tese contribui para o entendimento do papel da variáveis limnológicas e macrófitas com diferentes complexidades morfológicas sobre a estrutura da comunidade de algas perifíticas e dos macroinvertebrados. Os filtros ambientais mostraram exercer papel fundamental sobre a diversidade beta de algas perifíticas e a importância da presença das macrófitas para o aumento da heterogeneidade do habitat e consequente disponibilidade de nichos e microhabitats para a biodiversidade aquática. Por fim, observamos que os peixes onívoros podem controlar diretamente a biomassa dos macroinvertebrados e indiretamente a biomassa das algas perifíticas e das macrófitas. Assim, poderão ser elaboradas novas estratégias de controle que possam melhorar a eficiência do funcionamento do ecossistema e conservação da biodiversidade aquática em reservatórios tropicais.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }