@MASTERSTHESIS{ 2021:1600836937, title = {Reciprocidade floral e morfofuncionalidade de estiletes em uma espécie enantiostílica monomórfica do gênero Senna Mill}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8788", abstract = "A ocorrência da reciprocidade floral entre os morfos direito e esquerdo na enantiostilia se faz necessária ao estímulo do fluxo polínico cruzado e à redução das chances de autofecundação. Espécies monomórficas, pela ocorrência dos dois morfos em um mesmo indivíduo, possibilitam a geitonogamia, o que confronta o significado evolutivo da enantiostilia. A avaliação da reciprocidade é difícil na enantiostilia, pela inexistência de métodos aplicados de mensuração do posicionamento das estruturas reprodutivas nas flores, uma vez que ocorrem mudanças na configuração das peças florais durante as visitas, sobretudo em Cassiinae. Dentro da subtribo também podem ocorrer variações atípicas nos padrões de deposição e captação de pólen entre as espécies, o que pode levar à novas perspectivas à história natural do grupo. O presente trabalho objetivou avaliar a reciprocidade floral intra e intermorfo e confrontar padrões de morfologia e morfofuncionalidade dos morfos direitos e esquerdos de uma espécie enantiostílica monomórfica do gênero Senna. A pesquisa foi realizada na Floresta Nacional do Araripe, localizada no extremo sul do Ceará. Foi estudada uma população de Senna rugosa (G. Don) H. S. Irwin e Barneby, espécie enantiostílica monomórfica polinizada por vibração. Descrevemos a variação na posição dos órgãos sexuais e usamos inacurácia adaptativa para inferir a reciprocidade intra e intermorfo. Foi verificada a razão de ocorrência dos diferentes tipos florais baseado em critério morfológico e morfofuncional, além da guilda de visitantes florais, o sistema de compatibilidade e a viabilidade polínica. Os padrões de reciprocidade não foram semelhantes entre flores com estigmas direitos e esquerdos. A hercogamia entre estigmas e anteras de polinização mais distantes do estilete é gerada principalmente pelo afastamento horizontal, enquanto a profundidade é a medida que gera maior hercogamia com anteras de polinização mais próximas ao estilete. Em flores esquerdas, a hercogamia é gerada principalmente pelo afastamento horizontal, independente da antera considerada. Os indivíduos exibiram proporção semelhante dos tipos florais considerando o critério morfológico. Contudo, considerando a morfofuncionalidade, a proporção de flores diferiu, com menor proporção de flores funcionalmente esquerdas. A espécie foi visitada por sete espécies de abelhas, apresentou um certo nível de autocompatibilidade e os grãos de pólen das anteras de polinização e alimentação tiveram alta viabilidade. Senna rugosa é o primeiro relato de uma possível divisão de funções na captação do pólen entre flores de morfos opostos, evidenciando variações nos padrões morfológico e morfofuncionais das flores que podem estar ligados às pressões seletivas como segurança reprodutiva e aumento das aptidões na captura de pólen em estiletes em posições específicas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }