@PHDTHESIS{ 2021:710764888, title = {Produção de biossurfactante por Bacillus Cereus UCP 1615 com potencial para aplicações biotecnológicas industriais}, year = {2021}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8772", abstract = "O presente estudo caracterizou e avaliou o biossurfactante produzido por Bacillus cereus UCP 1615 em diversas aplicações industriais. A produção da biomolécula foi feita em meio de baixo custo composto por 2% de óleo de soja residual de fritura e 0,12% de peptona. A capacidade de redução da tensão interfacial e a concentração micelar crítica (CMC) foram definidas como 6 mN/m e 500 mg/L, respectivamente. A produção em larga escala foi feita em biorreatores de 1,2, 3,0 e 50,0 L, alcançando valores de tensão superficial de 28,7, 27,5 e 32,0 mN/m e rendimentos em torno de 4,3, 4,6 e 4,1 g/L, respectivamente. O biossurfactante foi classificado como um lipopetídeo aniônico a partir de análises para determinação da carga iônica, cromatografia em camada delgada (TLC), cromatografia gasosa (GC) e ressonância magnética nuclear (RMN). Testes de conservação a longo prazo com o aditivo sorbato de potássio (0,2%) demonstraram a estabilidade das propriedades tensoativas do biossurfactante, sugerindo sua aplicação em uma possível formulação comercial. Para avaliar a aplicação do biossurfactante em processos ambientais, o mesmo foi aplicado em ensaios contendo água do mar, solo e rochas contaminadas com derivado de petróleo e sua toxicidade também foi avaliada frente ao microcrustáceo Artemia salina, ao peixe Poecilia vivipara e ao bivalve Anomalocardia brasiliana, bem como frente às sementes de vegetais Brassica oleracea (repolho), Solanum lycopersicum (tomate) e Cucumis anguria (maxixe). O biossurfactante mostrou-se eficiente e biocompatível para biorremediação em água do mar, promovendo o crescimento da microbiota, e ainda apresentou índices de remoção de compostos hidrofóbicos em solo arenoso e rochas de 84 e 69%, respectivamente. A aplicação da biomolécula como bioemulsificante em alimentos também foi avaliada através da sua utilização na composição de um biscoito tipo cookie, tendo a citotoxicidade utilizando as linhagens celulares L929 e Vero e a atividade antioxidante determinados. Um biscoito com características típicas preservadas e com benefícios em relação ao padrão sem biossurfactante foi obtido. Os testes de citotoxicidade reforçaram a biocompatibilidade do biossurfactante, e o indicativo de atividade antioxidante corroborou com a contribuição do biossurfactante para preservação do biscoito. O biossurfactante também foi avaliado como estabilizante na síntese de nanopartículas de prata como agente antimicrobiano. Nanopartículas de tamanho em torno de 20 nm foram obtidas através do método verde de Tollens. As nanopartículas apresentaram atividade fungicida diante de gêneros de fungos patogênicos humanos e vegetais. Os resultados obtidos demonstram que o biossurfactante de Bacillus cereus UCP 1615 tem potencial de utilização em diversos setores econômicos, comprovando a versatilidade biotecnológica desta biomolécula e sua importância industrial.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (Renorbio)}, note = {Rede Nordeste de Biotecnologia} }