@MASTERSTHESIS{ 2022:1349879875, title = {Descolonizar e afrocentrar a educação infantil : corpo negro e cabelo crespo nas experiências e narrativas de crianças e professoras}, year = {2022}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8654", abstract = "A presente pesquisa surgiu a partir de inquietações do debate sobre racismo e questões raciais articuladas com as infâncias, em que buscamos, como objetivo geral, investigar junto a protagonistas do processo educativo na Educação Infantil (crianças e professoras) como a Educação para as Relações Étnico-raciais contribui para a valorização do corpo negro e do cabelo crespo, considerando as perspectivas pedagógicas Decolonial e Afrocentrada. Como objetivos específicos, propomos (1) Analisar situações de socialização no contexto escolar nas quais as crianças expressam noções e designações sobre o corpo negro e o cabelo crespo; (2) Identificar que atribuições as crianças dão às representações do corpo negro e do cabelo crespo; (3) Compreender como a formação inicial das professoras da educação infantil contribui para que a Lei nº 10.639/03 seja implementada em suas práticas pedagógicas e (4) Identificar as experiências e narrativas das professoras sobre corpo negro e cabelo crespo, a partir dos encontros/oficinas de formação pedagógica numa perspectiva decolonial e afrocentrada. Estudar sobre corpo negro e cabelo crespo como importantes elementos da identidade negra, presentes nos processos educativos sejam eles escolares ou não, pode apontar caminhos que estão para além da denúncia do racismo e da reprodução de estereótipos e preconceitos, isso também pode apresentar uma ressignificação dos elementos culturais africanos, o que nos leva ao contato com a história, memória e ancestralidade africana. Propomo-nos então pensar corpo negro e cabelo crespo como importantes instrumentos de consciência política e de fortalecimento racial, num processo contra a opressão racial e colonial. Apresentamos também, as contribuições de estudos sobre as infâncias, entendendo que a infância não ocorre da mesma forma para todas as crianças e que a experiência desse momento biográfico é atravessada por diversos marcadores sociais, entre eles o racial. Buscando problematizar como a educação deve repensar suas práticas hegemônicas e descontextualizadas, incluindo nos currículos e práticas pedagógicas a discussão da diferença racial e que possa, para além do currículo, ressignificar as marcas da colonialidade presentes nos discursos e nas práticas escolares a partir das contribuições da Pedagogia Decolonial e da Educação Afrocentrada. Neste sentido, o presente trabalho se delineia como uma pesquisa de natureza qualitativa que seguiu dois caminhos metodológicos: o estudo de caso com as crianças do Grupo 4 do CMEI da Rede Municipal do Recife e a pesquisa-intervenção com professoras da educação infantil a partir do grupo focal online. As considerações e resultados desta pesquisa revelam uma escola que tem (re)produzido práticas racistas e discriminatória ao reafirmar cotidianamente o lugar subalternizado da/o negra/o na sociedade com discursos que vão desde ao conteúdo escolar a práticas de cuidado direcionadas aos corpos que atendem à norma eurocêntrica. O que esta investigação busca evidenciar é a urgência de políticas públicas na educação infantil voltada para a diversidade Étnico-racial e que reconheça e dialogue com as lutas históricas da população negra, bem como o investimento na formação de professoras/es numa perspectiva de uma educação antirracista em consonância com a Lei nº10.639/03.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades}, note = {UFRPE - FUNDAJ} }