@MASTERSTHESIS{ 2019:1967066175, title = {Ensinar e aprender a história da ditadura civil-militar de 1964 : as narrativas de adolescentes-jovens no sertão alagoano}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8390", abstract = "Esta pesquisa buscou analisar as produções de narrativas de adolescentes-jovens sobre a ditadura civil-militar de 1964, numa escola pública no sertão de Alagoas. O tempo presente do momento político-social de tensões, rupturas e perdas profundas vivenciadas no seio da sociedade brasileira, no qual vários grupos vinculados a tendências ideológicas distintas disputam o presente, constitui-se também num palco de disputa do passado. Essas disputas discursivas no plano político, que se desdobram não invariavelmente em atos e bandeiras de posicionamentos sociais frente a construção de narrativas sobre o passado recente e traumático, a saber, a Ditadura brasileira, configuram-se no que a historiografia acertadamente chama de temas sensíveis. Todavia, verifica-se uma incisiva tendência propagandeada pelos diversos meios de informação e comunicação, de práticas discursivas que ambicionam amenizar, reduzir e, por vezes, apagar as marcas e traumas que a tortura e as violações dos direitos humanos causados pela ditadura. Nessa senda, o problema central proposto a ser discutido foi: como estes debates chegam aos bancos escolares da educação básica, e, sobretudo, como os adolescentes-jovens debatem essa questão? Assim sendo, teve-se como objetivo geral: investigar/compreender a consciência histórica de estudantes do ensino médio de uma escola pública no sertão alagoano sobre a ditadura militar de 1964. Os objetivos específicos foram: analisar as representações e silêncios acerca do tema ditadura militar brasileira na historiografia e nos materiais didáticos (livro didático), analisados neste estudo; debater as perspectivas teóricas e metodológicas contemporâneas sobre o ensino de história referentes ao golpe civil-militar; problematizar os estudantes frente ao tema do golpe de 1964; conhecer a realidade social, econômica, social e cultural dos estudantes do ensino médio no sertão de Alagoas, bem como a comunidade escolar a qual eles estão inseridos. A metodologia usada aqui foi a de ―análise de conteúdo‖, proposta pela pesquisadora francesa Laurence Bardin. Esse tipo de metodologia consiste em uma prática de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. No nosso caso, utilizamos como fonte documental, os dados coletados através de questionários. Fundamentado pela teoria do conceito de consciência histórica de Jörn Rüsen, este trabalho procurou examinar os usos e não usos da história na vida prática de discentes da rede pública alagoana sertaneja. Com base nas narrativas destes educandos, examinou-se a cultura escolar, percorrendo os caminhos do ensinar e aprender a história da ditadura civil-militar, na tentativa de apontar-se que sentido (os) este tema vêm alcançando entre as novas gerações. Estas narrativas políticas reverberadas na contemporaneidade ensejam uma reflexão sobre a construção epistemológica e histórica destes discursos, especialmente sobre a sua legitimidade frente ao vasto e consolidado debate dos especialistas em história sobre da ditadura, que por sua vez, também exige uma reflexão do ensino de história sobre este tema. A partir do diálogo com o campo do ensino de história nacional, chegou-se como resultados, uma significativa polarização de ―consciências históricas‖ sobre a ditadura civil-militar-militar identificada nos discursos dos estudantes.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Departamento de História} }