@PHDTHESIS{ 2019:723885093, title = {Aulas de campo em contextos escolares : práticas e aprendizagens com a natureza}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8323", abstract = "A partir de uma perspectiva fenomenológica e ecológica e de uma abordagem etnográfica, a pesquisa que você tem em mãos, ou na tela, investiga as aulas de campo em contextos escolares em termos de suas relações, práticas pedagógicas e aprendizagens. Para tal, propomos a análise do fenômeno aula de campo a partir de um posicionamento epistemológico e metodológico que, de certo modo, confronta o paradigma moderno e traz à tona o lugar da materialidade do mundo na aprendizagem. O objetivo geral foi analisar percursos de professores e estudantes em aulas de campo, ligadas a ciências e biologia, em diferentes contextos escolares, com atenção aos sentidos da natureza na produção de práticas pedagógicas e processos de aprendizagem. O trabalho de campo foi desenvolvido na educação básica e no ensino superior, a partir do acompanhamento de atividades no 6º ano do ensino fundamental de uma escola particular, no 2º ano do ensino médio de uma escola pública e de duas turmas dos cursos de bacharelado e licenciatura de Ciências Biológicas de uma universidade pública. Não é intenção da pesquisa fazer um estudo comparativo mediante realidades tão distintas, mas sim, abrir caminhos para olhar a diversidade das aulas de campo e assim identificar pontos de convergência e diálogo entre os diferentes contextos que nos permitiam uma articulação teórico-empírica sobre a temática enfocada. Os resultados apontam que as aulas de campo têm potencial para novas relações com o conhecimento ao possibilitarem o aparecimento, em um processo dinâmico de percepção corporal, do mundo dos materiais, geralmente oculto ou subentendido no espaço da sala de aula onde, geralmente, se privilegia o discurso científico. A percepção corporal e as interações estabelecidas com os materiais nos ambientes naturais evocam uma gama de sensações em um processo mútuo de ser afetado e afetar, tornando-se assim mais sensível ao mesmo. Isto pode propiciar experiências estéticas que, por sua vez, conduzem a sensibilidades éticas orientadas para a conservação da natureza e o respeito à vida. Todavia, a percepção corporal e a experiência estética situam-se entre aquilo que “vaza” as intencionalidades das aulas de campo em ensino de ciências e biologia, geralmente voltadas para a aquisição de conhecimentos científicos. Torná-los mais presentes nas propostas pedagógicas é possível mediante uma educação experiencial atenta a aspectos da experiência em si e orientada por posturas mais investigativas dos alunos, entendendo que, é no engajamento com o mundo que aprendemos sobre/com ele, e isto exige uma relação ativa. O professor pode mediar situações nas quais esse engajamento é possível, educando a atenção dos estudantes para novas percepções do mundo.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ensino das Ciências}, note = {Departamento de Educação} }