@MASTERSTHESIS{ 2019:748373495, title = {Representações sociais de idosos/as de diferentes classes sociais sobre os fatores que se interpõem ao consumo alimentar saudável no processo de envelhecimento com qualidade de vida}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8277", abstract = "Estudos mostram o aumento da população idosa no Brasil e evidenciam o perfil dos/as idosos/as e seus problemas de saúde, particularizando, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), determinadas por diversos fatores, econômicos, sociais e culturais, sobressaindo-se, as mudanças nos hábitos e no consumo alimentar, contradições da sociedade de consumo contemporânea, que influenciaram novos pensamentos, novos hábitos, novos costumes e novas práticas alimentares. Nesse contexto, os estudos ressaltam que a grande maioria dos/as idosos/as não sabe identificar os alimentos saudáveis e aqueles que são prejudiciais à saúde e acabam cometendo desvios nutricionais comprometendoa qualidade de vida, sobretudo no processo de envelhecimento. Diante dessa problemática os estudos ressaltam ainda, a necessidade de se buscar compreender, a partir da visão dos/as próprios/as idosos/as seus hábitos, consumo alimentar e como concebem a alimentação saudável e sua relação com a qualidade de vida. Nessa perspectiva, este estudo tem como objetivo analisar e compreender as representações sociais de idosos/as de diferentes classes sociais da cidade de Recife-PE acerca da relação consumo alimentar saudável e qualidade de vida no processo de envelhecimento. Mais, especificamente, compreender os fatores que se interpõem a uma alimentação saudável no processo de envelhecimento a partir da visão dos/as próprios idosos/as. Trata-se de um estudo de caso, de abordagem quantiquali, cujo método de análise se constitui das representações sociais dos sujeitos, através do qual se apreendeu as visões, palavras, emoções, hábitos, valores sociais e culturais, permitindo encontrar elementos do discurso social trazido pelos sujeitos para melhor compreensão dos fenômenos sociais investigados. A amostra da pesquisa se constitui de 40 idosos/as, de ambos os gêneros, na faixa etária entre 60-90 anos de idade, pertencentes às classes sociais A, B, C, D e E, conforme classificação socioeconômica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico-IBGE (2015). Para tanto, o instrumento de coleta de dados se constituiu de um formulário de entrevista integrando questões abertas e fechadas sobre as variáveis a serem investigadas. Os resultados mostram que a maioria dos/as entrevistados/as é do gênero feminino, com maior concentração na faixa etária de 60 a 74 anos de idade e que a maioria possui Ensino Fundamental Incompleto e que apenas 7,5% possui grau superior completo. Os salários, benefício e pensões, via de regra, não ultrapassou dois salários mínimos para os/as idosos/as da classe D e E e 20 salários mínimos para os/as idosos/as das classes A e B. As análises das representações sociais dos sujeitos a respeito do fenômeno investigado mostram diversos fatores que se interpõem a prática de uma alimentação saudável no processo de envelhecimento com qualidade de vida, a partir da visão dos/as próprios idosos/as. Influenciados pelas interpretações, ideias, visões e concepções que possuem a respeito do fenômeno social estudado, o estudo evidenciou a carência de conhecimentos científicos ou sistematizados sobre as categorias investigadas – hábitos alimentares; alimentação saudável; envelhecimento; qualidade de vida - predominando o conhecimento do sensu comum baseado nas experiências cotidianas dos/as idosos/as sujeitos da pesquisa. Em relação aos fatores que se interpõem a prática de uma alimentação saudável no processo de envelhecimento com qualidade de vida, destacam-se a partir das análises das representações sociais diversos fatores, entre os quais: a classe social; os baixos salários auferidos, sobretudo, os benefícios e pensões; o grau de escolaridade, por conseguinte, o conhecimento científico que se distingue das crenças e das opiniões do sensu comum. A construção de um entendimento menos fragmenta e mais ampliado em relação ao fenômeno estudado configura-se como um dos desafios para grande maioria dos/as idosos/as saber identificar os alimentos que fazem bem e aqueles que são prejudiciais à saúde e evitar cometer erros que prejudicam a mudança de hábitos alimentares e a prática alimentar saudável, resultando em qualidade de vida no processo de envelhecimento. Nesse contexto, sem desconsiderar a condição financeira de acordo com a classe social decorrentes das aposentadorias e/ou pensões, são insuficientes e acabam por interferir no gasto destinado a alimentação, favorecendo o consumo de alimentos de baixo custo, de fácil preparo, muitos vezes ricos em gordura, carboidratos simples, sódio e aditivos químicos que contribuem para o desenvolvimento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, especialmente no grupo dos/as idosos/as.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Consumo, Cotidiano e Desenvolvimento Social}, note = {Departamento de Ciências Domésticas} }