@MASTERSTHESIS{ 2019:28209645, title = {Ciclagem de nutrientes e decomposição de serapilheira em plantio florestal, na região de Itaparica, Pernambuco}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8222", abstract = "Em áreas onde são cultivadas espécies de interesse econômico, a exportação de nutrientes do solo é elevada. Concomitantemente, os solos do semiárido são frequentemente de elevada fertilidade natural e o uso de biocarvão pode proteger essa fertilidade por um período mais longo, principalmente em plantios puros de espécies florestais. O estabelecimento de plantios puros de angico e de espécies exóticas ao semiárido, como o eucalipto, pode comprometer o aporte de serapilheira e a ciclagem de nutrientes, dessa forma, é importante conhecer qual a capacidade de aporte de serapilheira e nutrientes desses cultivos em ambiente semiárido. Assim, esse estudo teve o objetivo de avaliar alterações nos atributos químicos do solo e na nutrição de plantios puros de eucalipto (Eucaliptus urophylla x Eucaliptus tereticornis) e angico-vermelho (Anadenanthera colubrina var. Cebil), aos 41 meses sob fertilização de sedimentos de lago, resíduos de tanques de piscicultura e biocarvão, produzido por meio da queima de algaroba remanescentes na área, bem como avaliar o aporte de serapilheira e nutrientes desses plantios, além de estimar a taxa de decomposição e liberação de nutrientes do material foliar de eucalipto no semiárido pernambucano. Decorridos 41 meses da primeira aplicação dos adubos naturais e biocarvão (Julho de 2017), amostras de folhas de eucalipto e angico foram coletadas, bem como o solo da área experimental foi amostrado. Para análise foliar de N, P, K, Ca e Mg foram coletadas vinte e cinco folhas do terço médio das copas das árvores. Também foram coletadas amostras de solo até a profundidade de 0,30 m, distando 15 cm da base das árvores. A deposição de serapilheira foi quantificada e o teores de N, P, K, Ca e Mg foram determinados aos 45, 90, 135, 180, 225, 270, 315 e 360 dias, permitindo calcular o aporte desses nutrientes ao longo do tempo. A serapilheira foi fracionada em galho, folha, material reprodutivo, miscelânea e casca. Para avaliar a decomposição da fração foliar de eucalipto foram utilizadas bolsas de náilon e o peso remanescente dessas bolsas, bem como os teores de N, P, K, Ca e Mg foram determinados nos mesmo intervalos de tempo utilizados para avaliação da deposição de serapilheira. Foi estimada a constante de decomposição da serapilheira e a constante de liberação de nutrientes no material foliar do eucalipto, bem como o tempo de meia-vida e tempo para que 95% do material vegetal foliar fosse decomposto e os nutrientes liberados. Os teores de K+ e P do solo foram influenciados pelos adubos naturais e o biocarvão elevou o teor de C do solo. O cultivo de angico reduziu os teores de K+ e P do solo e o cultivo de eucalipto reduziu os teores de Mg2+. O resíduo de tanque de piscicultura foi responsável pela elevação dos teores de P tanto no eucalipto quanto no angico, sendo recomendado para solos naturalmente pobres em P. O angico apresentou os maiores teores de N, P, K e Ca, sugerindo elevada demanda dessa espécie por esses nutrientes. O eucalipto foi mais exigente em Mg do que o angico, sugerindo que seu cultivo em ambiente semiárido deve ser recomendado em solos ricos em Mg2+. O aporte de serapilheira do eucalipto foi maior do que o do angico, porém ambos foram influenciados pela precipitação pluviométrica, em que as maiores deposições ocorreram nos períodos secos do ano. A aplicação de biocarvão influenciou negativamente a deposição de serapilheira do eucalipto e não teve efeito no angico. O material aportado do angico foi mais rico nutricionalmente do que o do eucalipto, porém o aporte de nutrientes da fração folha da serapilheira do eucalipto foi maior do que o do angico. A taxa de decomposição da folha de serapilheira do eucalipto foi de 1,5 mg dia-1, sugerindo que o cultivo de eucalipto em sistema de produção de base ecológica, manejado com adubos naturais, a atividade microbiana é intensificada, acelerando a ciclagem de nutrientes. O tempo de liberação de nutrientes da fração folha da serapilheira de eucalipto nesse sistema de produção de base ecológica foi de no máximo 33 dias, sugerindo que as deposições foliares se renovem nesse intervalo de tempo, para que o contínuo ciclo de nutrientes seja preservado.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais}, note = {Departamento de Ciência Florestal} }