@PHDTHESIS{ 2019:585381489, title = {Vegetação lenhosa em altitudes no semiárido pernambucano : estrutura, potencial energético e fatores ambientais}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8219", abstract = "A região do Araripe tem sofrido um dos maiores impactos ambientais dos últimos anos, principalmente por abrigar o maior polo gesseiro do Brasil, que utiliza a biomassa florestal como principal fonte de energia para conversão da gipsita. A elevada demanda por essa bioenergia tem resultado em elevada pressão antrópica sobre a vegetação nativa, que tem sido devastada, ocasionando em muitas áreas degradadas, desertificadas e/ou em processo de desertificação. O problema se agrava por essa região ser composta por áreas serranas com variados efeitos orográficos, responsáveis pela formação de diferentes micro-habitats com elevada diversidade biológica. O objetivo do trabalho foi avaliar diversidade florística e estrutural de comunidades e caracterizar populações de espécies lenhosas nativas com maiores valores de densidade absoluta (DA) em diferentes níveis de altitude na região do Araripe em Pernambuco. Para coleta de dados a região foi estratificada em três níveis de altitudes: baixada (≤ 600 m), encosta (600 > e < 750 m) e chapada (≥ 750 m). Foram inventariados nove fragmentos, sendo três por ambiente. Em cada fragmento foram distribuídas 20 unidades amostrais com 250 m² cada, totalizando uma área amostral de 4,5 ha. Nas parcelas foram mensuradas as circunferências a altura do peito dos indivíduos com nível de inclusão maior ou igual a 10 cm (CAP 1,30 m ≥ 10 cm), estimadas as alturas dos indivíduos, coletadas informações ambientais, amostras de solo e de madeiras de espécies lenhosas com maiores DA. Foram analisadas variações dos parâmetros fitossociológicos, composição florística, síndromes de dispersão, padrões de distribuição espacial e correlacionados com variáveis geográficas e ambientais. Foram determinados teores de umidade, densidade básica, poder calorífico superior e inferior, e estimados, poder calorífico útil, densidade energética e estoque de energia das madeiras com maiores DA. Foram amostrados 6.987 indivíduos, 10.346 fustes, distribuídos em 35 famílias botânica, 82 gêneros e 153 espécies. A região, nos diferentes níveis de altitude, apresentou uma diversificada composição florístico-estrutural. Em altitudes superiores a 750 m, foi constatado maior riqueza de espécies, com 85. Em altitudes de até 600 m, estão os indivíduos lenhosos com maiores portes (alturas e diâmetros). De maneira geral, a baixada e chapada apresentaram composição florístico-estrutural com características próprias, com poucas semelhanças, já a encosta funciona como ecótono ecológico desses dois estratos de altitudes. As variações da vegetação entre estratos de altitude, teve como principais influenciadores as propriedades do solo e disponibilidade hídrica. A queima de madeira recém cortada, como geralmente é praticada na região, causa um elevado desperdício de energia nos fornos. A simples prática de secagem da madeira ao ar livre pode aumentar a eficiência energética e consequentemente reduzir a quantidade de madeiras a serem desbastadas. Todas as espécies lenhosas analisadas apresentam madeiras com elevado potencial para uso energético, desde que sejam utilizadas parcialmente secas. Esse trabalho contribui com importantes informações que podem ser utilizadas na tomada de decisões para criação de políticas públicas que visem a conservação e uso sustentável dos recursos florestais da região do Araripe, Pernambuco.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais}, note = {Departamento de Ciência Florestal} }