@PHDTHESIS{ 2019:883007011, title = {Sazonalidade e condições de estresse sobre o comportamento fisioquímico de espécies lenhosas da caatinga em ambiente natural e controlado}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8216", abstract = "A região do semiárido brasileiro é um ambiente com grande variabilidade climática sobretudo com relação a longos períodos de déficit hídrico. A baixa disponibilidade hídrica acarreta diferentes estratégias nas plantas, como a restrição do crescimento, mudanças fisiológicas, que a depender da espécie atingida, estado fenológico, duração e intensidade, afetam não somente no sistema radicular, como promove também a redução da produção da área foliar, aceleração da senescência e abscisão das folhas, acúmulo de solutos como carboidratos, aminoácidos (principalmente prolina) ou proteínas solúveis, que reduzem o potencial osmótico da célula. Além disso, redução na disponibilidade hídrica também pode levar o vegetal a um estresse oxidativo, devido ao aumento desordenado da formação de espécies reativas de oxigênio (EROs). Entender os mecanismos que promovem maior estabilidade de espécies em ambientes semiáridos como a Caatinga é fundamental para um uso sustentável dos recursos naturais. Com isso, o objetivo da pesquisa foi avaliar a sazonalidade do déficit hídrico na produção de solutos compatíveis e de enzimas oxidativas, em espécies da Caatinga, na região do Sertão do Araripe - Pernambuco. Foram realizadas coletas de amostras de matéria fresca da parte aérea das espécies Myracrodruon urundeuva, Spondidas tuberosa, Aspidosperma pyrifolium, Cynophalla flexuosa, Neocalyptrocalyx longifolium, Cnidoscolus bahianus, Anadenanthera colubrina, Poincianella pyramidalis, Senna spectabilis var. excelsa e Zizyphus joazeiro, em uma área localizada no município de Ouricuri-PE, nos períodos seco e chuvoso, durante 2016, 2017 e 2018. Foram realizadas medições das características foliares, através de estimativas da área foliar, área foliar específica, massa foliar específica e razão área foliar, além de quantificado os teores de solutos orgânicos (aminoácidos solúveis totais, proteínas solúveis, carboidratos totais e prolina livre) e atividade de enzimas antioxidantes (ascorbato peroxidase, catalase e superóxido desmutase). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância. A área foliar apresentou grande variação entre as espécies, entre o período chuvoso e seco. Aroeira, canafístula e favela brava reduziram sua área foliar em 43%, 22% e 30%, respectivamente, durante o período seco. No período chuvoso, a catingueira apresentou o maior acúmulo de carboidrato, seguido pelo angico e icó. Porém no período seco, a canafístula, a catingueira, o feijão bravo, o juazeiro e o pereiro apresentaram redução do teor de carboidrato. Observa-se uma redução significativa do teor de proteína durante o período seco em todas as espécies, exceto na canafístula e no icó. Houve aumento nos teores de aminoácidos durante o período de seca em todas as espécies, exceto o icó, que não alterou teor de aminoácido. O aumento na atividade das enzimas antioxidativas, SOD, CAT e APX, nas espécies favela brava, icó, umbuzeiro, angico, canafístula, catingueira e pereiro, entre os períodos seco e chuvoso é uma eficiente estratégia de defesa antioxidativa para a eliminação de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs). A ocorrência de variações das características foliares, acúmulo de solutos e atividade das enzimas antioxidativas entre as espécies, indicam uma diversificação de estratégias na aquisição dos recursos disponíveis durante o período de seca no semiárido.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais}, note = {Departamento de Ciência Florestal} }