@MASTERSTHESIS{ 2019:851993501, title = {Diversidade e arranjo estrutural do componente lenhoso da vegetação de dunas urbanas e não urbanas}, year = {2019}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8177", abstract = "As dunas formam um sistema dinâmico de habitats variados que são responsáveis pela contenção dos sedimentos arenosos e manutenção da diversidade biológica, porém, atividades antrópicas têm descaracterizado este ecossistema. Diante disso, o estudo responderá: como está estruturada a comunidade vegetal lenhosa em dunas urbanas e não urbanas? A urbanização pode interferir na riqueza, diversidade e equabilidade das espécies lenhosas? A composição florística de dunas urbanas e não urbanas será distinta? É possível destacar espécies indicadoras para cada ambiente? Para responder esta pergunta, testamos as hipóteses: dunas urbanas possuem menor riqueza, diversidade e equabilidade de espécies lenhosas em comparação às dunas não urbanas e a composição florística será distinta, destacando espécies indicadoras para cada ambiente. As coletas foram realizadas nas praias de São Marcos e Caolho consideradas dunas urbanas e na praia Guia e Ilha de Curupu, denominadas dunas não urbanas. Em cada área foi feita análise fitossociológica do componente lenhoso por meio do método de ponto quadrante estabelecendo transecções com 10m de distância entre si. Com base nos dados fitossociológicos, foi aplicado o teste t de Student para verificar diferenças na riqueza das espécies, uma Análise de Escala Multidimensional Não-Métrica para comparar a composição florística das dunas urbanas e não urbanas, o teste t de Hutcheson para verificar diferenças na diversidade de espécies das áreas urbanas e não urbanas e uma análise de Espécies Indicadoras. Foram amostradas um total de 87 espécies, sendo 61 espécies amostradas nas dunas urbanas, 46 spp. nas não urbanas e 20 espécies foram comuns aos dois ambientes. Os resultados mostram que a diversidade foi a maior nas dunas não urbanas quando comparado às urbanas, na equabilidade a vegetação das dunas urbanas é menos heterogênea do que das não urbanas, já a riqueza média de espécies foi maior nas dunas não urbanas, deste modo, é possível inferir que a constante remoção da vegetação para avanço da urbanização e turismo, promovem a formação de áreas abertas que associado a características ambientais como elevada luminosidade e baixa umidade do solo, são condições favoráveis para o estabelecimento de plantas invasoras com grande potencial colonizador e recrutador. O estabelecimento destas espécies pode provocar uma redução na cobertura de espécies naturais, desestabilizando a comunidade e propiciando o estabelecimento de espécies generalistas e possivelmente invasoras, contribuindo para elevar a riqueza específica nas dunas urbanas, contudo, desestabiliza a diversidade e equabilidade da comunidade vegetal. Na análise de espécies indicadoras a partir do valor de indicação obteve-se uma listagem com 11 espécies consideradas típicas das dunas não urbanas e seis das urbanas, deste modo, é possível observar que as espécies indicadoras compõem o grupo de espécies mais representativas de cada ambiente. Diante dos dados apresentados nesse estudo, enfatiza-se a urgência no emprego de medidas de restauração e conservação das dunas urbanas e que estas medidas também sejam aplicadas as dunas não urbanas, de modo que em ambas as áreas amostradas, o processo de resiliência garanta os atributos ecológicos da comunidade vegetal.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }