@MASTERSTHESIS{ 2018:1348574793, title = {O estabelecimento de plantações de cactáceas forrageiras pode reduzir a expansão das áreas em processo de desertificação?}, year = {2018}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8069", abstract = "A compreensão sobre as principais consequências hidrodinâmicas e biofísicas promovidas pela mudança do uso do solo, vem sendo investigada por muitos pesquisadores. Entretanto, pouco se sabe como o estabelecimento de plantações de cactáceas forrageiras pode minimizar os impactos promovidos pelas ações antropogênicas sobretudo em área em processo de desertificação. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa é investigar a cobertura vegetal, as variáveis hidrodinâmicas e meteorológicas de uma área de caatinga com perturbação antrópica (CPA) em comparação a uma área com indícios de desertificação (AID) e outra com agroecossistema de cactáceas (AAC, Opuntia stricta (Haw.) Haw.) palma forrageira, clone Orelha de Elefante Mexicana. O experimento foi conduzido na Fazenda Algodões (8,31º S, 38,51º O e 348 m), no município de Floresta – PE, durante o período de agosto de 2016 e agosto de 2017. O índice de cobertura vegetal (ICV) na CPA e na ACC foram utilizados três sensores PAR linear (SQ-321 Calibration Line Quantum Net10 sensors, Apogee, Logan, Utah, USA), ambos acoplados à estrutura das torres micrometeorológicas. Na AID o ICV foi monitorado por meio de um ceptômetro (AccuPAR, LP-80, Decagon Devices, Pullman, EUA). Adicionalmente, foi feita a análise do solo para caracterização das propriedades físico-hídricas no início do experimento e ao longo do tempo foram feitas medições do conteúdo de água no solo. Dados diários dos elementos meteorológicos foram obtidos a partir de três torres micrometeorológicas instaladas uma em cada área (CPA, AID e AAC). Os resultados revelaram que a mudança do uso do solo de áreas de caatinga com perturbação antrópica por áreas com indícios de desertificação implicou numa redução da cobertura vegetal de 41% para 17%. A variação de armazenamento de água (CAS) acompanhou o comportamento da precipitação, sendo maior na área de caatinga com perturbação antrópica (μ = 0,109 m3 m-3), mesmo esta apresentando histórico de criação de animal de pequeno porte. A temperatura média do ar (Tm) indica que existe uma maior absorção de calor na área de agroecossistema de cactáceas (8,3oC) que resultou num aquecimento do ar superior nesse ambiente. A sazonalidade da umidade relativa do ar (UR) foi influenciada pelo tipo de cobertura vegetal, resultando em maior média para a área com indícios de desertificação (μ = 64,5%) e uma menor para a área de caatinga com perturbação antrópica (μ = 62,0%). Todavia, a interação entre a elevada temperatura e a baixa umidade relativa do ar resultou num elevado déficit de pressão de vapor (DPV) para a área de agroecossistema de cactáceas (μ = 1,54 kPa). O saldo de radiação (Rn) variou em resposta a disponibilidade hídrica após os eventos de chuva, apresentando menores valores para a área com indícios de desertificação (μ = 9,8 MJ m-2 dia-1). Assim, conclui-se que a mudança do uso do solo altera os padrões hidrometeorológicos e da cobertura vegetal em interface superfície-atmosfera. Dessa forma, os resultados sugerem que o estabelecimento de áreas agrícolas com plantas cactáceas forrageiras Opuntia stricta (Haw.) Haw pode reduzir a expansão das ambientes em processo de Desertificação, sobretudo na região do Semiárido.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal}, note = {Unidade Acadêmica de Serra Talhada} }