@PHDTHESIS{ 2017:873706323, title = {Impactos do extrativismo de cascas do caule de Stryphnodendron rotundifolium Mart. e estratégias de forrageio de coletores locais no semiárido do nordeste do Brasil}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7784", abstract = "Muitas populações rurais ainda coletam recursos vegetais para a sua subsistência. Alguns pesquisadores acreditam que essa coleta obedeça a uma lógica de custo/benefício, na qual o extrator sempre busca obter o melhor retorno possível. Sabendo disso, a questão que motivou o desenvolvimento dessa tese foi entender o processo de coleta de um recurso medicinal, que compreende desde as estratégias adotadas pelos extratores no momento da seleção de suas áreas para obtenção do recurso, até o momento que o recurso está pronto para ser novamente explorado. Para acessar esse cenário, esta tese foi dividida em dois eixos. O primeiro compreende a análise do comportamento dos extratores na coleta de casca de Stryphnodendron rotundifolium Mart. com base na Teoria do Forrageamento Ótimo (TFO). O segundo analisa a influência dos impactos da coleta na regeneração de casca do caule da mesma espécie. A espécie é bastante conhecida e explorada pelas comunidades ao entorno da Floresta Nacional do Araripe, mas especificamente o distrito Horizonte, Ceará, Brasil. Dentro do repertório de plantas medicinais utilizadas por essa comunidade, o “barbatimão” como é conhecida popularmente essa espécie, é uma das plantas mais utilizadas no tratamento de inflamação e cicatrização de ferimentos. Realizamos excursões com 38 extratores afim de coletar informações sobre a seleção de áreas e indivíduos para coleta, a quantidade de casca coletada e a distância percorrida da comunidade até o seu local de coleta. Concomitantemente, em duas áreas distintas de Cerrado, foram montados experimentos visando acompanhar o processo de regeneração de casca sob diferentes intensidades de danos. Nossos resultados mostraram que os extratores não se comportam de acordo com as variáveis previstas pela TFO. Os extratores não seguem o comportamento orientado para a maximização continua dos recursos. Isso provavelmente é devido a coleta ser realizada de acordo com a demanda do comércio, o que nem sempre é elevada. Junto a isso, tem a fiscalização dos órgãos de proteção e a competição por recursos pelos diversos extratores. Essas três variáveis combinadas fazem por diversas vezes que os extratores não adotem o comportamento ótimo previsto pela teoria. Os resultados referentes aos impactos da coleta na regeneração de casca, revelaram que os indivíduos que apresentaram as maiores intensidades de dano foram as que obtiveram as maiores taxas de regeneração. Embora isso aconteça, nenhum indivíduo apresentou toda a sua casca regenerada. Diante do exposto acima conclui-se que, tomando por base a não otimização da coleta pelos extratores por ser fixada na demanda individual, isso significa que as estratégias são variáveis e incertas uma vez que as mesmas flutuam diretamente em conjunto com essa demanda comercial. Isso aliado ao fato de que os indivíduos de S. rotundifolium demoram mais de dois anos para regenerarem totalmente suas cascas, e entendendo que os cortes simulados são bem menores que os realizados na prática real, entende-se que essa prática merece maior atenção visando a sua sustentabilidade.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza}, note = {Departamento de Biologia} }