@MASTERSTHESIS{ 2017:1065250787, title = {Estimativa do volume de água cinza de misturas de pesticidas utilizados em zona canavieira do Estado de Pernambuco}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7706", abstract = "Há um compromisso forte e inevitável entre a proteção da água e suas condições de utilização para suprir as necessidades do ser humano, tais como a obtenção de alimentos, rações, fibras, biocombustíveis e biomassa. Entretanto, o uso inadequado de tecnologias como, por exemplo, os defensivos agrícolas, pode colocar em risco a evolução observada no setor Agropecuário. Em cana-de-açúcar, vários defensivos agrícolas são aplicados simultaneamente, sendo que um conjunto destes pode ser detectado em uma mesma massa de água, caracterizando uma contaminação da água por meio de misturas de pesticidas com diferentes concentrações que ocorrem simultaneamente em um corpo de água particular. Assim, o objetivo deste trabalho foi estimar o volume de água cinza da mistura de pesticidas (herbicidas) baseada na toxicidade de cada pesticida usado em um sistema de cultivo de cana-de-açúcar em um solo da Zona Canavieira de Pernambuco. Para tanto, utilizou-se o modelo desenvolvido por Paraiba et al. (2014), que assume que os pesticidas são compostos orgânicos com funções bem definidas e efeitos tóxicos conhecidos, e seguem uma cinética de primeira ordem e processo de sorção linear. O volume de água cinza é então determinado através de: características físico-químicas de pesticidas, como meia-vida no solo (t1/2) e coeficiente de partição de carbono orgânico no solo do pesticida (KOC); das taxas de aplicação de pesticidas (dose); de propriedades físico-químicas do solo, como densidade do solo (ρd), fração de carbono orgânico do solo (fOC) e conteúdo volumétrico de água na capacidade de campo (θfc); e do menor valor da concentração que induz metade do efeito máximo de uma substância em uma população de organismos (EC50). O volume de água cinza é calculado para cada um dos pesticidas usados, nas diferentes situações em que este foi aplicado, sendo o volume de água cinza da mistura de pesticidas obtido pelo somatório de volume de água cinza de cada um dos pesticidas. O volume de água cinza da mistura de pesticidas foi de 1,57x106 m3 nos 11,86 ha, ou 1,32x105 m3 ha-1. Os maiores volumes de água cinza e maiores rankings da mistura foram do Amicarbazona e o Hexazinona, com 1,05x105 m3 ha-1(r = 5) e 3,71x104 m3 ha-1 (r = 4,6), respectivamente, influenciados pela alta dose aplicada, no caso do Amicarbazona, e ao baixo PNEC, no caso do Hexazinona, que demostra a importância de considerar o organismo mais susceptível para o cálculo da PNEC, tornando o volume de água cinza encontrado, seguro para todo o ecossistema. Os menores volumes de água cinza foram do Paraquat e do Glifosato, com volume de água cinza de 1,64 e 8,43 m3 ha-1, respectivamente. Por fim, foi estimado o volume de água cinza para o rendimento da cultura da cana-de-açúcar sob cultivo no Argissolo Amarelo distrófico em 1731,1 m3 ton-1, sendo um valor elevado para a pegada cinza da cana, que demonstra o quanto essa cultura pode exigir de recursos hídricos para diluir sua carga de contaminantes. Logo, uma combinação de defensivos agrícolas deve ser utilizada para diminuir o volume de água cinza, levando-se em consideração o ranking dos pesticidas utilizados nesta mistura, de forma que tragam os mesmos resultados de produtividade e qualidade. Com a aproximação dos dados de volume de água cinza dos pesticidas por hectare e ranking de pesticidas, foi possível validar o modelo desenvolvido por Paraiba et al. (2014) para estimar o volume de água cinza da mistura de pesticidas, sendo esse modelo o mais preciso e conservador do meio ambiente entre os modelos existentes para se obter esse componente da pegada hídrica.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental}, note = {Departamento de Tecnologia Rural} }