@PHDTHESIS{ 2017:1989877940, title = {Carbono em vegetação lenhosa da caatinga e viabilidade econômica de manejo}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7393", abstract = "Uma das melhores alternativas para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos grandes responsáveis pelo aumento do efeito estufa, é a vegetação arbórea, que tem a capacidade de armazenar carbono durante o processo de produção de biomassa. O objetivo do presente estudo é analisar os estoques e a dinâmica do carbono (C) e o potencial de remoção de CO2eq na vegetação lenhosa acima do solo, avaliando a viabilidade econômica da implantação de projetos de carbono, como alternativa de uso do solo em uma área de Caatinga. Para isso, o presente trabalho foi dividido em quatro capítulos com objetivos específicos. O primeiro capítulo quantifica os estoques e descreve equações de biomassa aérea seca para as espécies de maior densidade absoluta (indivíduos.ha-1) e valor de importância (VI) na área de estudo. O segundo capítulo determina os teores de carbono (C) nos principais compartimentos (fuste, folhas e galhos) e verifica as diferenças estatísticas entre os teores. O terceiro capítulo analisa a dinâmica da estrutura, da biomassa e dos estoques de carbono (C) no componente arbóreo da vegetação entre os anos de 2008 e 2013. O quarto e último capítulo, avalia a viabilidade econômica entre a implantação de projetos de pagamento pelo serviço ambiental de sumidouro de carbono e à produção de lenha. A coleta dos dados foi realizada em uma área de Caatinga na Fazenda Itapemirim no município de Floresta, Pernambuco, onde, desde o ano de 2008, houve o estabelecimento e o monitoramento de 40 parcelas permanentes, sendo todos os indivíduos arbóreos com CAP ≥ 6 cm mensurados anualmente. As espécies avaliadas são as seguintes: Anadenanthera colubrina, Aspidosperma pyrifolium, Bauhinia cheilantha, Cnidoscolus quercifolius, Croton heliotropiifolius, Mimosa ophthalmocentra, Mimosa tenuiflora e Poincianella bracteosa, representando 91,6% da densidade total da área em estudo. Um número de árvores representativo dessas espécies foi derrubado, pesado e cubado rigorosamente, ocorrendo a separação nos seguintes compartimentos: fuste, folhas, galhos finos (CAP < 6 cm) e galhos grossos (CAP ≥ 6 cm). Amostras foram coletadas para a determinação da biomassa seca e para as análises dos teores de carbono com auxílio do analisador elementar CHNS/O. Para o ajuste dos modelos matemáticos lineares e não lineares testados foi utilizado os dados de biomassa total seca acima do solo (𝐵𝑖em kg) como variável dependente e as variáveis independentes foram o diâmetro a altura do peito (𝐷𝐴𝑃𝑖 em cm) e a altura total (𝐻𝑇𝑖em m) dos indivíduos por espécie. Para a análise da dinâmica do estoque de carbono na área foram utilizados as equações ajustadas e os teores de carbono obtidos para cada espécie, bem como os dados dendrométricos obtidos nos anos de 2008 e de 2013 durante as medições das parcelas permanentes. O fator 3,67 foi utilizado para a conversão de estoque de carbono (t. ha-1) em dióxido de carbono equivalente (CO2eq t. ha-1). A análise de viabilidade econômica foi realizada com base em dois cenários: (1) Área de vegetação de Caatinga para a produção de lenha para atender a demanda energética da região, por meio de plano de manejo regulamentado e (2) Área de vegetação de Caatinga preservada como possível fonte pagadora pelo serviço ambiental prestado pela geração de créditos de carbono. O horizonte de planejamento dos projetos foi de 15 anos e o critério de avaliação econômica adotado foi o Valor Presente Líquido (VPL). Os resultados mostraram que os estoques de biomassa aérea seca das oito espécies variam de 0,5 kg a 99,4 kg por indivíduo e que equações foram desenvolvidas para cada uma das espécies e para todas as espécies juntas com boas estatísticas de precisão. Os teores de carbono foram determinados e foi possível obter um único valor de 46,4% para A. colubrina, A. pyrifolium, B. cheilantha, C. quercifolius, M. ophthalmocentra e M. tenuiflora sem ocorrer distinções entre fuste, galhos e folhas. Mas para C. heliotropiifolius e P. bracteosa há que se utilizar valores distintos por compartimento para os seus indivíduos, para que não haja tendências nas estimativas de estoques de carbono. Na análise da dinâmica observou-se que a taxa de mortalidade foi três vezes maior que a taxa de recrutamento e esse comportamento foi influenciado pelo déficit hídrico ocorrido entre os anos de 2012 e 2013, como consequência houve mudanças significativas na estrutura e crescimento das espécies, principalmente de M. ophthalmocentra, que impactou no decréscimo da densidade, dominância, área basal, biomassa e estoques de carbono durante os cinco anos analisados. Em anos com boa incidência de chuvas e baixa mortalidade, a área mostrou-se com capacidade de fixar carbono, mas em períodos com déficit hídrico e alta mortalidade, foi fonte de carbono. A análise econômica mostrou que os projetos de PSA-Carbono são mais atrativos economicamente do que a produção de lenha em áreas pequenas, mas em áreas maiores devido a baixa remuneração da mão de obra na exploração da lenha os Planos de Manejo Florestal se destacam. Mesmo assim, há um potencial inexplorável de sumidouro de carbono na Caatinga, devendo ser aproveitado tanto em projetos de pequena como de média escala a nível estadual, nacional e mundial, colaborando na mitigação das mudanças climáticas globais.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais}, note = {Departamento de Ciência Florestal} }