@MASTERSTHESIS{ 2017:499477522, title = {Relação entre disponibilidade de água e aspectos vegetativos e reprodutivos de herbácea da caatinga}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7280", abstract = "Em ambientes semiáridos o desenvolvimento e a sobrevivência das plantas são controlados principalmente pela heterogeneidade temporal e espacial do regime pluviométrico. Nestes ambientes, o efeito prolongado de escassez hídrica pode ser determinante para afetar negativamente o ritmo fenológico, limitar o crescimento das plantas e provocar declínio nos processos reprodutivos. Assim, visando compreender as possíveis mudanças no funcionamento das florestas de ambientes semiáridos, este trabalho tem por hipótese que ocorrem reduções no crescimento vegetativo e reprodutivo e atrasos no ritmo fenológico à medida que ocorre redução na disponibilidade de água, utilizando a geófita Talinum paniculatum como modelo para avaliar o efeito da deficiência hídrica nas respostas do crescimento das plantas. Especificamente, intenta-se responder neste estudo as seguintes questões: (i) o que ocorre com os crescimentos vegetativo e reprodutivo da planta mediante a redução de 50% e 75% da disponibilidade hídrica? (ii) Quanto das variações quantitativa na produção de estruturas vegetativas/reprodutivas e na fenologia pode ser explicado pela redução da disponibilidade de água? (iii) o ritmo fenológico das plantas reflete a redução da disponibilidade hídrica? O experimento de deficiência hídrica foi conduzido durante seis meses em casa de vegetação utilizando 150 indivíduos desde o estágio de plântulas, transplantadas após dez dias da germinação, até completa maturação, distribuídas de igual modo nos tratamentos em diferente capacidade de pote (cp): T1: 100% (cp-controle), T2: 50% (cp) e T3: 25% (cp). Foram selecionadas 30 plantas (por tratamento) para quantificar semanalmente o crescimento vegetativo e diariamente a produção de flores, frutos e sementes, bem como, monitorar o comportamento fenológico. Outras 20 plantas (por tratamento) para medidas morfométricas de flores e frutos. As diferenças entre os tratamentos e o poder explicativo das reduções hídricas foram avaliadas pela análise de GLM, incorporando ANOVA, com teste Tukey a posteriori. Os atributos vegetativos de T. paniculatum diferiram significativamente entre os tratamentos, porém o diâmetro e produção acumulada de folhas não apresentaram diferenças entre T1 e T2, mas diferiram de T3. Houve diferenças significativas na produção de flores, fruto e sementes e em todas as aferições morfométricas de flores e frutos. O ritmo fenológico da senescência foliar e abscisão foliar não diferiram significativamente entre os tratamentos, mas o brotamento no T3 diferiu dos demais, cessando gradativamente a atividade a partir da 17ª semana. O ritmo fenológico da floração, frutificação e deiscência dos frutos diferiu entre os tratamentos, não havendo floração para T3 e atrasos na produção em T2. O poder explicativo da água apresentou ampla faixa de variação, sendo de 21 a 71% para o crescimento vegetativo, de 41 a 97% para o crescimento reprodutivo e de 5 a 61% no ritmo fenológico. Reduções na disponibilidade de água influenciaram negativamente a fenologia, crescimento vegetativo e reprodutivo de T. paniculatum, com as mais drásticas reduções quantitativas no tratamento que simulou maior déficit hídrico. Assim, os dados deste estudo sinalizam que as consequências da redução da disponibilidade de água no solo das florestas podem gerar danos significativos na cobertura de herbáceas, reduzindo a produção de sementes que renova anualmente o estoque do banco do solo das florestas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }