@PHDTHESIS{ 2018:877302925, title = {Influência do entorno sobre a chuva de sementes e deposição de serrapilheira em fragmentos de floresta atlântica}, year = {2018}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7268", abstract = "O diferente uso da terra no entorno dos fragmentos florestais, pode impulsionar alterações nas paisagens devido às mudanças abióticas e bióticas. A depender do tipo de uso, a exemplo, monocultura de cana-de-açúcar e centros urbanos, a matriz predominante na paisagem, no qual os fragmentos estão inseridos, pode induzir a alterações deletérias nas condições ambientais e impulsionar filtros seletivos como aumento da temperatura do ambiente e poluição do solo e do ar sobre a flora, podendo gerar mudanças na riqueza de espécies, densidade de sementes, composição florística, atributos funcionais da chuva de sementes e na massa de serrapilheira. Principalmente porque, tais filtros podem atuar a favor ou contra algumas espécies conforme suas características funcionais. Diante disso, esta tese teve como objetivo central avaliar se o tipo de entorno dos fragmentos rural e urbano de floresta tropical Atlântica irá influenciar o comportamento da chuva de sementes e a deposição de serrapilheira. Fragmentos rural e urbano na Região Metropolitana do Recife tiveram seu entorno mapeado para a quantificação de áreas rural e urbana e definição da área de coleta: fragmento com entorno rural e com entorno urbano. Nestas áreas, foi avaliada se a riqueza de espécies, a densidade de sementes, a composição florística e os atributos funcionais de hábito, síndrome de dispersão e categoria sucessional da chuva de sementes diferem entre fragmentos (rural e urbano), estações (seca e chuvosa) e anos (2015 e 2016). Também analisamos se a deposição de serrapilheira e de suas frações diferem entre fragmentos e estações, e se estas apresentam correlação negativa com os totais de precipitação que ocorrem em cada ano. Para amostragem da chuva de sementes e do aporte de serrapilheira, em cada fragmento foram instalados 36 coletores de 0,25 m2, distribuídos em três transectos de 300 m, interespaçado a 100 m de distância. Em cada transecto, foram instalados 12 coletores equidistantes a vinte e cinco metros. Mensalmente de fevereiro de 2015 a janeiro de 2017 foram realizadas as coletas da chuva de sementes e da serrapilheira. As sementes foram classificadas quanto à síndrome de dispersão e as espécies foram calssificadas quanto ao hábito e categoria sucessional. A serrapilheira foi triada nas frações folha, graveto, semente e miscelânea. Com o desenvolvimento do estudo, foi possível responder aos objetivos específicos da seguinte forma: Para o capítulo I foi constatado partir das curvas de acumulação de espécies que a riqueza da chuva de sementes foi maior no fragmento urbano nos dois anos e na estação chuvosa, enquanto que na estação seca a riqueza foi semelhante entre os fragmentos. A densidade de sementes, avaliada pela análise GLM, foi maior no fragmento rural que no urbano na estação chuvosa, não diferiu no urbano entre anos e entre estações e, no rural, foi maior na estação chuvosa de apenas um ano. O NMDS registrou diferenças na composição florística da chuva de sementes entre os fragmentos ao longo do tempo (anos e estações). O Modelo Log Linear evidenciou que a variação nos atributos funcionais de hábito, síndrome de dispersão e categoria sucessional foram explicados pelas variáveis fragmentos, estações e anos. Para o capítulo II foi constatado através da análise GLM que a massa de serrapilheira total e das frações (folha, graveto e semente) foi significativamente maior no rural e na estação seca, exceto para a fração sementes no urbano, que não apresentou variação sazonal. O teste de Regressão Linear Simples mostrou que a deposição de folhas nos fragmentos rural e urbano aumentou com a redução da disponibilidade hídrica, e também foi observado um aumento na deposição de sementes com a redução na precipitação no fragmento urbano. Este cenário indica que: a paisagem do entorno pode ter proporcionado mudanças nas características abióticas locais dentro dos fragmentos que limitaram a presença de algumas espécies, promoveram a entrada de propágulos dentro destes e induziu a um maior aporte de serrapilheira no fragmento rural. Sendo assim, os resultados mostram que medidas de perturbação (monocultura de cana-de-açúcar e centros urbanos) da paisagem podem ser utilizadas efetivamente para avaliar os impactos do uso da terra em estudos de chuva de sementes e deposição de serrapilheira, especialmente quando se tem o intuito de comparar fragmentos urbano e rural com diferentes entornos inseridos numa mesma paisagem.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }