@PHDTHESIS{ 2016:288165476, title = {Resistência anti-helmíntica em nematódeos gastrintestinais de pequenos ruminantes no Estado de Pernambuco}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7147", abstract = "A caprinovinocultura sofre grande prejuízo econômico devido ao parasitismo por nematódeos gastrintestinais, chegando a inviabilizar esta exploração em algumas regiões. O controle desse parasitismo é feito basicamente com a utilização de drogas anti-helmínticas. A ineficiência neste tipo de controle são os primeiros sinais do aparecimento de resistência anti-helmíntica (RA), que se constitui em um dos principais fatores negativos e limitantes para a produção animal, uma vez que inviabiliza o controle efetivo da helmintose dos pequenos ruminantes, com reflexos desfavoráveis nos índices produtivos. A resistência anti-helmíntica em nematódeos de pequenos ruminantes para os três grupos de drogas mais comumente utilizados: benzimidazóis (BZs), imidazotiazóis (LEV) e lactonas macrocíclicas (LMs) vem sendo relatada e têm crescido rapidamente em diferentes regiões do mundo. O controle eficiente destes parasitos e o diagnóstico precoce da resistência anti-helmíntica, especialmente em Haemonchus contortus, devem ser preconizados a fim de viabilizar economicamente a criação de ovinos e caprinos. O conhecimento dos vários aspectos genéticos deste fenômeno poderá aumentar a vida útil dos fármacos atualmente utilizados, e consequentemente tentar preservar a susceptibilidade dos parasitos. Neste trabalho tem-se como objetivo diagnosticar a resistência anti-helmíntica em propriedades de criação de ovinos e caprinos e analisar a relação com o manejo instituído nas propriedades e identificar a presença do DNA responsável pela resistência anti-helmíntica em populações de helmintos de pequenos ruminantes no estado de Pernambuco. Os procedimentos metodológicos foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais – CEUA – UFRPE. Amostras de espécimes adultos de H. contortus foram obtidas de animais naturalmente parasitados por helmintos gastrintestinais pertencentes a propriedades localizadas nas cidades do estado de Pernambuco: Sairé (Agreste), Recife (Região Metropolitana), Bonito (Agreste), Moreno (Região Metropolitana), Gameleira (Mata Sul), Camocim de São Félix (Agreste), Serra Talhada (Sertão). Nas propriedades de Recife e Bonito criavam-se apenas caprinos e nas demais apenas ovinos. Para realização da PCR, amostras de espécimes adultos de H. contortus foram obtidas de animais naturalmente parasitados por helmintos gastrintestinais, os quais foram estocados em tubos de eppendorf com PBS a 4ºC, identificados e sexados no Laboratório de Doenças Parasitárias dos Animais Domésticos – UFRPE. Formou-se um pool de 20 indivíduos machos adultos de H. contortus de cada propriedade, dos quais procedeu-se à extração de DNA. As amostras de DNA extraídas foram analisadas no Laboratório de Doenças Parasitárias da Universidade Federal do Paraná. Foi realizada a PCR com o objetivo amplificar fragmentos de genes que codificam o isotipo 1 da β- tubulina que possuíam as sequências de códon 200, realizando-se também uma PCR para identificação das espécies dos helmintos coletados. As duas reações de amplificação foram conduzidas em termociclador Veriti Life com gradiente. Uma amostra de 20 μl de cada reação foi analisada sobre um gel de agarose 0,8 % e visualizada sob luz UV. Os produtos de PCR foram purificados com o kit comercial PureLink® Quick Gel Extraction (Invitrogen, USA) e sequenciados por eletroforese capilar (Método de Sanger) utilizando a plataforma ABI3130 (Life Technologies, USA). Avaliou-se também a eficácia anti-helmíntica por método “in vivo” por meio do teste de redução do número de ovos por grama de fezes (TRCOF), usando a fórmula: % eficácia = [(média de OPGpré-tratamento - média de OPGpós-tratamento) / média de OPGprétratamento )] X 100. Detectou-se DNA responsável pela resistência anti-helmíntica aos benzimidazóis (BZ) em todas as propriedades analisadas. Os percentuais de eficácia anti-helmíntica para a moxidectina apresentaram-se como efetivos apenas aos sete dias pós-tratamento. Diversas falhas de manejo do controle das helmintoses gastrintestinais foram encontradas. Os resultados obtidos confirmam a resistência anti-helmíntica aos benzimidazóis em H. contortus de caprinos e ovinos no estado de Pernambuco, constituindo-se no primeiro registro de diagnóstico molecular da RA em ruminantes no Estado. Caracterizam também o declínio da efetividade anti-helmíntica da moxidectina nos rebanhos. Ambas as situações são favorecida por práticas de manejo inadequadas e uso indiscriminado de produtos químicos para o controle de helmintos gastrintestinais.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária}, note = {Departamento de Medicina Veterinária} }