@PHDTHESIS{ 2016:488427254, title = {Diagnóstico de hemorragia induzida por esforço através do lavado traqueal e broncoalveolar em cavalos submetidos ao teste de simulação de vaquejada}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7144", abstract = "No experimento I objetivou-se analisar a secreção traqueal de cavalos sadios submetidos ao teste de simulação de vaquejada através de exame endoscópico e lavado traqueal e observar o perfil citológico desses cavalos. No experimento II objetivou-se comparar a eficiência do lavado traqueal (LT) e broncoalveolar (LBA) em cavalos submetidos ao teste de simulação de vaquejada para diagnóstico da Hemorragia Pulmonar Induzida por Esforço. Além disso, determinar via endoscópica a ocorrência das principais afecções respiratórias que acometem os cavalos de vaquejada. Foram utilizados 21 animais puros e mestiços da raça quarto de milha (esteira puxar) sem preferência por sexo com idade variando entre quatro e quinze. Foi realizado exame clínico de todos os animais antes da prova aferindo-se frequência cardíaca, respiratória, temperatura, tempo de perfusão capilar, motilidade intestinal e ausculta pulmonar. Foi verificado o tempo médio para cada animal para análise da velocidade média e realizado colheita sanguínea para hemograma e dosagem do lactato sanguíneo em diferentes tempos (T0, T15, T30, T60). A simulação da vaquejada foi caracterizada por 5 corridas com o cavalo de puxar e o esteira utilizando o boi. Decorridos 30 a 60 minutos da prova foi realizado o exame endoscópico e o lavado traqueal e broncoalveolar. O material coletado foi enviado ao laboratório onde foi processado e contagem celular. No experimento 01 A contagem diferencial média de células do aspirado traqueal foi de 45,37 ± 8,25 de células epiteliais; 0 de células caliciformes; 25 ± 9,59 de neutrófilos; 4,25 ± 1,01 de linfócitos; 0,25 ± 0,16 eosinófilos; 11,5 ± 5,51 de macrófagos espumosos; 5,87 ± 2,02 de hemossiderófagos e 0,87 ± 0,74 de células gigantes. Todos os animais apresentavam-se clinicamente normais e não havia nenhuma queixa de queda de performance. Segundo o exame físico realizado antes da prova observaram-se 46,5±4,73 batimentos cardíacos por minuto, 33,75±3,36 movimentos respiratórios por minuto. Durante a prova observou-se que os animais desenvolveram uma velocidade média de 40,11Km/h não foi observado em nenhum dos animais epistaxe ou secreção mucosa nasal ao exame externo. A quantidade de solução salina aspirada para a lavagem traqueal foi de 18,87±0,63ml. Não foram identificadas diferenças nos parâmetros analisados entre os cavalos de puxar e de esteira. (P>0,05). No experimento 02 nenhum dos animais necessitou de prévia sedação para o exame clínico e para o exame endoscópico. Todos os animais apresentavam-se clinicamente normais e não havia nenhuma queixa de queda de performance. Segundo o exame físico realizado antes da prova observaram-se 40,86±2,42 batimentos cardíacos por minuto, 22,57±4,38 movimentos respiratórios por minuto. Após a prova não foi observado em nenhum dos animais epistaxe ou secreção mucosa nasal ao exame externo. Não foi observada diferença na contagem diferencial média de células do aspirado traqueal e broncoalveolar nos diferentes grupos estudados. Os achados endoscópicos encontrados nos cavalos 30 a 60 minutos pós prova, no qual foi observado: hiperplasia folicular linfóide em 9,5% dos animais, granuloma aritenóide em 4,8%, condrite na epiglote em 23,8% dos quais 9,5% eram de puxar e 14,28% de esteira; e hemiplegia laringeana em 4,8% dos animais. Quanto a presença de secreção traqueal observou-se que ocorreu em 52,38% doa animais (11/21), destes 42,8% eram de puxar e 9,5% de esteira e que a hemorragia pulmonar ocorreu em 4,8% (1/21) sendo este de esteira confirmando via endoscópica a ocorrência de HPIE. Os valores de lactato (15,84±1,13 pré teste e 35,21±0,99 pós teste) e glicose (133,71±10,12 pré teste e 151,07±10,12 pós teste) sanguíneos antes e após o exercício, demonstrando o perfil de consumo energético bem como a capacidade atlética dos animais. Com a realização dos experimentos permite-se concluir que o exame endoscópico e a citologia do lavado traqueal são ferramentas fundamentais para o diagnóstico de afecções respiratórias, haja vista que a endoscopia permite identificar desordens funcionais e a citologia possibilita a visualização do tipo celular predominante permitindo identificar a patologia existente como HPIE ou IAD. Além disso conclui-se que a vaquejada e as provas de velocidade são esportes equestres que induzem hemorragia pulmonar e que a HPIE é provavelmente um evento patológico relacionado a falha nos capilares pulmonares ou doenças pulmonares. Ainda é permitido concluir que o exame endoscópico, a citologia do lavado traqueal e broncoalveolar são ferramentas importantes para diagnosticar a HPIE e que o LT é tão sensível quanto o LBA e de maior facilidade na execução para detectar o tipo celular predominante nessa afecção, mesmo quando o animal for negativo ao exame endoscópico.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária}, note = {Departamento de Medicina Veterinária} }