@PHDTHESIS{ 2017:619831247, title = {Estratégias fisiológicas à restrição hídrica de Cnidoscolus quercifolius Pohl com e sem tricomas}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7111", abstract = "A faveleira é uma arbórea, pioneira exclusiva das matas xerófilas do Nordeste brasileiro e devido as suas características de resistência a seca e seus múltiplos usos pelas comunidades do semiárido nordestino, a espécie é indicada para plantios em lavouras xerófilas. A espécie possui tricomas urticantes que dificultam seu manuseio, mas, poucos indivíduos sem tricomas ocorrem na natureza e podem ser utilizados para a melhor exploração dos potenciais da espécie. Os mecanismos de tolerância utilizados pela faveleira têm sido alvo de pesquisas e geram informações importantes para programas de melhoramento. O objetivo desta pesquisa foi avaliar respostas adaptativas de tolerância, sobretudo o ajustamento osmótico ocasionado pelo acúmulo de solutos compatíveis e as alterações dos sistemas de defesa antioxidante em plantas de faveleira com e sem tricomas submetidas ao déficit hídrico. Para tanto, foram consideradas duas abordagens: o efeito de solutos compatíveis e as respostas das plantas ao estresse oxidativo durante o crescimento inicial. O experimento foi realizado em casa de vegetação na UFRPE. Mudas de faveleira com e sem tricomas foram cultivadas sob dois regimes hídricos: rega a 80% da capacidade de pote (controle - C) até 105 dias e suspensão de rega (SR) até 60 dias com posterior reposição de rega a 80% da capacidade de pote até o 105º dia após início dos tratamentos. O delineamento estatístico foi inteiramente casualizado em arranjo fatorial 2 x 2 (dois fenótipos e dois regimes hídricos). Na primeira abordagem foram avaliados altura da planta, diâmetro do coleto e número de folhas emitidas a cada 15 dias e calculada a taxa de crescimento absoluto (TCA). Nesta pesquisa, para averiguar o cúmulo de solutos compatíveis e seus efeitos, aos 60 e 105 dias foram avaliados potencial osmótico (Ψs) e teores dos solutos compatíveis, carboidratos solúveis totais, sacarose, prolina e glicina betaína. O déficit hídrico provocou redução no crescimento. A suspensão da rega provocou também a diminuição da emissão de folhas, a qual demonstrou ser a variável mais sensível aos efeitos do déficit hídrico. A faveleira adotou como estratégia de tolerância o ajuste osmótico, o que foi evidenciado pela diminuição do Ψs e elevação do acúmulo de solutos compatíveis no tratamento SR. A espécie demonstrou ser acumuladora de glicina betaína, uma vez que foi observado o acúmulo do composto nas plantas expostas ao deficit hídrico. Para os estudos acerca do estresse oxidativo, foram avaliadas biomassa seca da parte aérea e das raízes, teor relativo de água (TRA), percentagem de extravasamento de eletrólitos (EE), percentual de integridade absoluta de membrana (PIA), teores dos pigmentos fotossintetizantes, clorofilas “a” (Cloa) e “b” (Clob) e carotenóides (Car), teor de malondialdeído (MDA), teor de peróxido de hidrogênio (H2O2) e as atividades das enzimas superóxido dismutase (SOD), ascorbato peroxidase (APX) e catalase (CAT). O decréscimo nas relações Cloa/b, no TRA e no PIA e elevação no EE e nos teores de H2O2 e MDA indicaram a ocorrência de estresse oxidativo nas plantas expostas ao déficit hídrico. A elevação nos teores de carotenóides e nas atividades enzimáticas da SOD, APX e CAT nas plantas sob estresse hídrico demonstram a ativação da defesa contra o estresse oxidativo nestas plantas. A utilização do ajustamento osmótico através do acúmulo de solutos compatíveis e a ativação dos sistemas de defesa antioxidantes não enzimáticos e enzimáticos foram estratégias adotadas pela faveleira como estratégias de tolerância ao estresse hídrico independente da presença de tricomas na espécie.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Melhoramento Genético de Plantas}, note = {Departamento de Agronomia} }