@MASTERSTHESIS{ 2016:1100956528, title = {Biologia reprodutiva do caranguejo Goyazana castelnaui H. Milne- Edwards, 1853 (Crustacea: Trichodactylidae) no semiárido pernambucano}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7097", abstract = "O obetivo do trabalho foi analisar as características biológicas do Goyazana castelnaui e avaliar se a pluviometria e temperatura da água influenciam na distribuição e características reprodutivas da espécie. Foram analisados 87 indivíduos, sendo 56 fêmeas (64,37%) e 31 machos (35,63%), no período de setembro de 2014 a agosto de 2015 em um trecho do Rio Pajeú, localizado no município de Floresta/PE. A proporção sexual foi de 1♀:0.6♂ ao longo dos meses. Os aspectos reprodutivos do G. castelnaui foram determinados com base na análise macroscópica das estruturas externas e internas e microscópica, através da observação do grau de desenvolvimento das células germinativas. A observação macroscópica permitiu classificar os espécimes em sete estágios. Nos indivíduos jovens a cor dos tergos variou de cinza a marrom, o abdômen variou em tons de bege. Os indivíduos adultos apresentaram coloração vinho predominante. Para as fêmeas, a observação microscópica permitiu classificar as gônadas em cinco estágios que seguem: Rudimentar (branco opaco), em maturação inicial (bege claro), em maturação (bege escuro a laranja claro), maturo (laranja escuro), desovado em maturação (transparente e/ou cinza). Foram identificados seis estágios de desenvolvimento celular: oogônias (diâmetro de 32,9 ± 9,8 μm), oócitos pré-vitelogênicos (96,8 ± 23,1 μm), oócitos em vitelogenese inicial (272,1 ± 12,7 μm), oócitos vitelogênicos (400,1 ± 12,1 μm), oócitos maturos (884,4 ± 14,0 μm) e oócitos atrésicos. Quanto aos componentes não germinativos foram identificados: células foliculares, vasos hemais, parede gonadal, vagina e o receptáculo seminal. Para os machos as células germinativas foram classificadas, em ordem de maturação, como espermatogônias (18,15 ± 1,77 μm), espermatócitos (14,4 ± 1,39 μm), espermátides (8,83 ± 0,55 μm) e espermatozoides (7,58 ± 0,55 μm). A análise macroscópica (coloração, volume e formato) e microscópica (presença de espermatóforos no vaso deferente posterior e ductos) permitiu classificar quatro estágios de desenvolvimento gonadal. IRudimentar/ Imaturo; II – Em maturação/Maturo I; III – Maturo/Maturo II; IV – Esgotado/Desovado. O período reprodutivo do G. castelnaui foi classificado como sazonal, sendo observadas fêmeas maturas em um período prolongado, de agosto até fevereiro, com maior frequência entre setembro e dezembro. O início do período chuvoso (novembro) é o gatilho para diminuição das desovas. O aumento da temperatura em agosto coincide com o inicio do período de desova, com término em fevereiro, havendo fortes indícios de a espécie estudada tem preferência para desovar no verão. As fêmeas apresentaram maturidade morfológica com LC50 de 3,17 cm (R² = 83,20). Já a maturidade gonadal ocorreu em tamanho inferior, com LC50 de 2,84 cm (R² = 83,29). Para os machos, observou-se a mesma tendência, em que a maturidade morfológica ocorreu quando os indivíduos possuíam um LC50 de 3,0 (R² = 76,19) e 2,84 cm (R² = 83,00), morfológico e gonadal, respectivamente. A maturação final para as fêmeas e os machos ocorreu com LC99 de 3,85 cm (R² = 83,20) e 3,65 cm (R² = 76,19), respectivamente. Já a maturidade gonadal final ocorreu primeiro que a morfológica, onde os valores de LC99, obtidos para ambos os sexos foram de 3,51 cm (R² = 83,29) e 3,52 cm (R² = 83,00), respectivamente. No presente estudo, as principais características do período reprodutivo do G. castelnaui puderam ser elucidadas, considerando a hipótese de monofilia e com forte indicativo que não há segregação espacial para a espécie estudada, uma vez que, todos os estágios maturacionais foram encontrados para ambos os sexos.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura}, note = {Departamento de Pesca e Aquicultura} }