@PHDTHESIS{ 2017:1366863801, title = {Resistência à murcha bacteriana em linhagens e híbridos de tomateiro}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7063", abstract = "Dentre as solanáceas o tomateiro é a segunda mais produzida no mundo, perdendo apenas para a batata. No Nordeste brasileiro o seu cultivo tem se limitado às mesorregiões do Agreste e do Sertão, tendo como um dos fatores para os problemas fitossanitários, principalmente a murcha bacteriana. Trata-se de uma doença causada pelo complexo de espécies Ralstonia solanacearum, sendo já relatada em mais de 450 espécies de plantas. As perdas causadas por essa doença são severas em plantios realizados durante verões chuvosos e em cultivo protegido. Este estudo teve como objetivo identificar e obter germoplasmas de tomateiro resistentes à murcha bacteriana entre 23 linhagens e 24 híbridos experimentais de tomateiro. Foram utilizados os isolados CRM 74, CRM 76 e CRM 77 de Ralstonia pseudosolanacearum para avaliação das linhagens e os isolados CRM 74 e CRM 77 para avaliação dos híbridos experimentais. As 23 linhagens, juntamente com sete testemunhas, foram semeadas, transplantadas após 21 dias e inoculadas com 15 ml de suspensão bacteriana na concentração de 5x108 UFC ml-1 para cada vaso de 500 ml. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com três repetições e cada parcela foi constituída por quatro vasos com uma planta cada. As avaliações foram realizadas observando a incidência e a severidade da doença e a partir dessas medidas foram calculados: índice de murcha bacteriana (IMB), incidência (INC), período de latência (PL 50) e área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias agrupadas pelos testes de Scott-Knott, a 5% de probabilidade, além de estimar os coeficientes de correlações fenotípicas, genotípicas e ambientais entre os componentes de resistência e calcular a dissimilaridade através da distância de Mahalanobis (D2) determinando a divergência genética entres as linhagens. As cultivares Yoshimatsu e Hawaii 7996 foram utilizadas como testadoras em cruzamentos com as cultivares IPA-6 e Santa Clara, além de 10 linhagens de tomateiro que apresentaram os melhores resultados na etapa anterior. Posteriormente, os híbridos F1 foram avaliados quanto à resistência à murcha bacteriana durante 15 dias, quanto à incidência e a severidade da doença (SEV) com auxílio de escala descritiva de notas variando de 0 a 4. Os dados foram utilizados para determinar a capacidade geral (CGC) e específica (CEC) de combinação para os quatro componentes de resistência, além de estimar parâmetros genéticos, tais como herdabilidade, variância fenotípica, genotípica e ambiental. A interação genótipos x isolados apresentou diferença significativa a 1% de probabilidade apenas para as variáveis período de latência e área abaixo da curva de progresso da doença. Considerando o índice de murcha bacteriana, as linhagens L04, L42, L49, L53, L82, L120, L125 e L128 foram classificadas como resistentes, mas para incidência não houve linhagem que se comportasse de forma semelhante às testemunhas resistentes Hawaii 7996, Yoshimatsu e Woodstock. No tocante às correlações genotípicas, em 100% dos pares de caracteres, foram observados valores iguais ou ligeiramente superiores às correlações fenotípicas, assim como essas duas, em 50% dos casos, foram ligeiramente superiores às correlações ambientais, mostrando que o ambiente favoreceu da mesma forma para IMB x PL 50, IMB x AACPD e PL 50 x AACPD. Para análise do dendrograma, um corte em torno de 15,2% de dissimilaridade possibilitou a formação de quatro grupos distintos e quatro subgrupos. O grupo I foi constituído por genótipos considerados resistentes: Hawaii 7996, Woodstock, Yoshimatsu, Tropithai, L04, L42, L49, L53, L82, L120, L125 e L128, além de linhagens com resistência moderada. Considerando as capacidades de combinação dos híbridos experimentais, os cruzamentos que apresentaram os maiores potenciais para resistência foram os YOS x L04 com os dois isolados e o HAW x L125 com o isolado CRM 74, pois foram os únicos com CEC positiva para PL 50 e negativa para os demais caracteres, apresentando valores de intermediário a superior e que se destacaram para a variável PL 50, além de alto valor para CEC, pelo menos um dos genitores apresentou alto valor de CGC, o que é desejável. Observando os parâmetros genéticos, os valores estimados da variância genética foram superiores aos da variância ambiental para todos os componentes de resistência estudados para os dois isolados bacterianos. Todavia, observou-se neste estudo que a expressão gênica do fenótipo resistência em tomateiro é resultante da ação de efeitos gênicos aditivos e não aditivos, em que os efeitos gênicos não aditivos estão envolvidos nos quatro componentes de resistência e que os efeitos aditivos estão envolvidos no IMB, INC e AACPD.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Melhoramento Genético de Plantas}, note = {Departamento de Agronomia} }