@PHDTHESIS{ 2016:1602868871, title = {Variabilidade genética e caracterização morfológica, produtiva e qualitativa de acessos de Desmanthus spp}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6969", abstract = "Conhecer a variabilidade genética e caracterização produtiva e nutritiva das espécies de Desmanthus spp. é essencial para identificação de materiais promissores. Objetivou-se avaliar a variabilidade genéticas de acessos de Desmanthus spp.; caracterizar a morfologia, produção e composição de plantas submetidas a suspensão hídrica de 7 e 21 dias, bem como caracterizar plantas manejadas sob dois intervalos de corte (75 e 120 dias). Para o estudo da variabilidade genética foram utilizados quatro acessos nativos da espécie Desmanthus pernambucanus (L.) Thellung (7G, 100C, 43F e 89F) provenientes do Banco de germoplasma (BAG) da UFRPE localizado em Serra Talhada-PE, e um acesso fornecido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros - Sergipe (AusTRC, oriundo do banco de germoplasma, Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation-Austrália), identificado como Desmanthus pubescens B. L. Turner. Através da técnica de polimorfismo de comprimento de fragmentos amplificados (AFLP), observou-se em 32 combinações, 707 fragmentos amplificados, dos quais 436 (62%) foram polimórficos e 271 (38%) comuns aos cinco acessos, evidenciando a grande variabilidade existente entre os acessos avaliados. Além disso, a distância genética (Dg) não foi limitada pela distância geográfica, uma vez que, acessos 89F e AusTRC pertencentes a espécies distintas e oriundos de locais diferentes, Bom Jardim e Saint Croix (EUA), respectivamente, apresentaram menor Dg (33,5%). Acessos 43F e 100C pertencentes à mesma espécie oriundas dos municípios de Bom Jardim e Sertânia, respectivamente, apresentam maior Dg (57%). Os acessos mais próximos geograficamente (43F e 89F) e pertencentes à espécie D. pernambucanus apresentam alta Dg (0,6303), o que esta associada a uma variação intraespecífica. Avaliaram-se acessos de Desmanthus spp. submetidos à suspensão hídrica, em casa de vegetação, sendo três acessos de Desmanthus spp., dois nativos da espécie D. pernambucanus (43F e 89F) e um fornecido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros - Sergipe (AusT, oriundo do BAG CSIRO-Austrália) identificado apenas como Desmanthus spp., os quais foram submetidos a 7 e 21 dias de suspensão hídrica. Utilizou-se delineamento de blocos ao acaso, em esquema fatorial 3 x 2 (acesso e suspensão hídrica), quatro repetições, durante 252 dias de avaliação. A suspensão hídrica interferiu nas características morfológicas, produtivas e químicas dos acessos de Desmanthus spp. O acesso 43F apresentou decréscimo (P≤0,05) na taxa de crescimento de 0,03 cm dia-1, os acessos AusT e 89F apresentaram (P≤0,05) taxa de crescimento médio de 8,40 e 4,27 cm, respectivamente, em suspensão hídrica de 21 dias. Também foram observadas reduções (P≤0,05) no número de ramos, número de folhas, comprimento das folhas e diâmetro do caule. Entretanto, os acessos 89F e AusT apresentaram aumento (P≤0,05) na largura das folhas em suspensão hídrica de 21 dias. Ocorreu acúmulo de prolina na suspensão hídrica de 21 dias de 90,22 mg kg-1, tendo o acesso 43F apresentado maior (P≤0,05) acúmulo de 89,46 mg kg-1 diferindo dos acessos 89F (24,91 mg kg-1) e AusT (45,01 mg kg-1). Acúmulos de carboidratos solúveis totais foram observados nas folhas das plantas submetidas à suspensão hídrica de 21 dias nos acessos 43F (32,62 g kg-1) e 89F (33,07 g kg-1), já o acesso AusT apresentou menor (P≤0,05) acúmulo de 13,64 g kg-1. O acesso AusT apresentou, nas folhas das plantas, maior (P≤0,05) proteína bruta (229,03 g kg-1), maior (P≤0,05) carbono (390,52 g kg-1), menor (P≤0,05) relação C:N (10,65) e maior (P≤0,05) clorofila a (25,33 μg g-1) e b (10,48 μg g-1) na suspensão hídrica de 21 dias e em relação aos acessos D. pernambucanus. Observou-se que o índice SPAD não é indicado para avaliar Desmanthus spp. submetidos a suspensão hídrica de 21 dias. Existe grande variabilidade no grau de tolerância à seca entre espécies e dentro da espécie. Os acessos 43F e 89F foram mais susceptíveis a suspensão hídrica de 21 dias. O acesso AusT em cultivo sob suspensão hídrica de 21 dias, apresentou melhor desenvolvimento e composição química. Avaliou-se também acessos de D. pernambucanus (6G, 7G e AusTR) cultivados em Carpina-PE, na Estação Experimental de Cana de açúcar, da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Os acessos foram submetidos a dois intervalos de corte de 75 e 120 dias, Março e Outubro de 2015, respectivamente, em delineamento inteiramente casualizado em parcelas subdivididas, com quatro repetições. Apenas o acesso 6G apresentou queda na taxa de crescimento de plantas entre os intervalos de corte, com taxa de crescimento maior (P≤0,05) na estação chuvosa (intervalo de 75 dias) de 53,01 cm, e menor (P≤0,05) na estação seca (intervalo de 120 dias) de 11,01 cm. O intervalo de corte de 120 dias proporcionou maior (P≤0,05) diâmetro do caule (2,29 cm), maior (P≤0,05) matéria seca (MS) nas folhas (484,87 g kg-1), menor (P≤0,05) proteína bruta (PB) nas folhas (202,07 g kg-1) com alta ligação aos taninos condensados (TC), onde foram observados valores de 78,27 g kg-1 de PPP (proteína precipitada em fenóis) nesse intervalo. O AusTR apresentou maior (P≤0,05) MS (450,87 g kg-1). Os acessos 6G e 7G não diferindo entre si, apresentando valores de 397,87 e 393,03 g kg-1, respectivamente. Maior (P≤0,05) PB foi encontrada no AusTR (233,91 g kg-1) com valor de PPP de 36,85 g kg-1, já os acessos 6G (214,44 g kg-1) e 7G (210,54 g kg-1) apresentaram menor (P≤0,05) PB (214,44 g kg-1 e 210,54 g kg-1, respectivamente) e PPP de 50,93 g kg-1 e 69,50 g kg-1, respectivamente. A relação C:N foi de 11,05 (AusTR), 12,37 (6G) e 12,48 (7G), indicando maior rapidez na liberação de nitrogênio na decomposição da fração folha do acesso AusTR, em relação aos acessos 6G e 7G. O desaparecimento in vitro da MS nos acessos 6G, 7G e AusTR foi de 651,67, 614,32 e 666,71 g kg-1, respectivamente no intervalo de corte de 75 dias e de 586,09, 617,11 e 580,75 g kg-1 , respectivamente no intervalo de corte de 120 dias. Intervalos de 75 dias entre cortes para plantas da espécie D. pernambucanus são mais indicados, resultando em melhor composição química e maior taxa de crescimento das plantas. O acesso AusTR apresenta as maiores taxas de crescimento e melhor valor nutritivo.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Zootecnia}, note = {Departamento de Zootecnia} }