@MASTERSTHESIS{ 2017:1236786948, title = {Entre a feira e o teatro : a dinâmica dos repentistas em Pernambuco (1900-1948)}, year = {2017}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6945", abstract = "O repente de viola passou por modificações no seu mecanismo de atuação entre o fim do século XIX até por volta do início de 1950, identificadas, assim, em uma série de mudanças que corroborou para um projeto de profissionalização do repentista. Para a análise e construção da narrativa de como esse processo se deu foi necessário criar um diálogo entre fontes escassas (periódicos, escritos de folcloristas e folhetos) e a historiografia da História Cultural, em especial autores como Roger Chartier, Michel de Certeau, Carlo Ginzburg e Pierre Bourdieu. Foram identificados vários momentos de rupturas e continuidades na prática dos repentistas. Em um momento ainda bastante ruralizado, aqui chamado de “Geração Clássica de Cantadores”, viu-se a anexação de novos gêneros métricos, a vitória da viola dentre outros instrumentos e a solidificação de duplas de poetas fixas levando, assim, às formas canônicas da cantoria pé-de-parede. A partir da década de 1920 é identificada uma migração acentuada de repentistas para as grandes cidades, na qual esse momento de chegada foi visto por três óticas: os trabalhos dos folcloristas em defesa do cantador como símbolo de um Nordeste que surgia e como estes representavam aqueles em suas obras; a reconstrução do cotidiano dos cantadores entre os mercados e ruas do Recife pelos jornais, principalmente ao longo dos anos 1930 e início da década de 1940; por fim, nas capas dos folhetos em circulação neste período foi identificada mudanças das representações dos cantadores entre as feiras e os teatros. Para a construção do novo campo dos repentistas na década de 1940, foi discernido, a partir de estudos biográficos, o surgimento da “Geração Moderna de Cantadores”, que ganhou uma série de novas características que levou os repentistas das feiras aos grandes palcos. Diante disto, analisa-se o processo ocorrido até a construção do I Congresso de Cantadores do Nordeste alicerçado na analisada das experiências de Ariano Suassuna na primeira cantoria “oficial” do Recife e os primeiros congressos de sucesso midiático organizados pelo jornalista e poeta Rogaciano Leite.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Departamento de História} }