@MASTERSTHESIS{ 2016:484896460, title = {Efeito do extrato aquoso de folhas de juazeiro (Ziziphus joazeiro Mart.) no controle do ácaro vermelho (Tetranychus ludeni Zacher, 1913) em algodoeiro (Gossypium hirsutum L.)}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6891", abstract = "As pragas constituem um dos principais fatores limitantes à exploração da cultura algodoeira e, dentre as espécies de importância econômica, destaca-se o ácaro vermelho Tetranychus ludeni. O uso de acaricidas sintéticos no controle desta praga, apesar de eficiente, pode ocasionar problemas ao homem, meio ambiente e resistência desses artrópodes aos produtos. Portanto, tem crescido o interesse por uso de extratos vegetais para o controle de ácaros fitófagos. Diante disto, objetivou-se avaliar as intensidades de injúrias causadas por T. ludeni e sua preferência alimentar em quatro variedades de algodoeiro (BRS 201, BRS Safira, BRS Verde e BRS Aroeira). Também foram realizados testes de toxicidade, repelência, eficiência, fitotoxidez e efeito residual do extrato aquoso de folhas de juazeiro no controle de T. ludeni em algodoeiro var. BRS 201. O experimento I foi realizado em gaiolas de madeira revestidas com tecido tipo voil, nas quais foram colocadas as variedades de algodoeiro, dispostas em quadrado, e um vaso central contendo feijão-de-porco (testemunha). Aos 60 dias após o plantio, as plantas de feijão-de-porco foram infestadas com 30 fêmeas de T. ludeni. Para estimar a intensidade das injúrias, 0, 12 e 25 dias após a infestação, as folhas foram avaliadas utilizando-se uma escala visual de notas com limites de 0 a 4. Após 25 dias da infestação foi feita a amostragem do número de ácaros/planta. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com três repetições. As concentrações dos extratos (m/v) utilizadas foram 0%, 1,5%, 3,0%, 4,5%, 6,0% e 7,5%. Para a avaliação da toxicidade foram utilizados discos foliares (3cm Ø) de algodoeiro BRS 201. Em cada disco foram colocadas 10 fêmeas adultas de T. ludeni. Em seguida, foram pulverizadas as concentrações dos extratos com auxílio de um borrifador manual. As arenas foram mantidas em câmara climatizada. Após 48h, foi efetuada a contagem dos indivíduos vivos e mortos. O delineamento estatístico adotado foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos e 10 repetições. O teste de repelência foi realizado em arenas contendo dois discos de folha (variedade de algodoeiro BRS 201), sendo um disco tratado (imerso) com o extrato aquoso da folha de juazeiro (CL50) e o outro com água destilada. Em seguida, foram colocados em placas do tipo Gerbox® e interligados por uma lamínula, na qual foram liberadas 10 fêmeas adultas do ácaro. Após 48 h, observou-se e o número de ácaros vivos em cada disco. O delineamento estatístico adotado foi o inteiramente casualizado, com dois tratamentos e 10 repetições. No experimento III, para avaliar a eficiência de controle, aos 60 dias, as plantas de algodoeiro foram infestadas com 30 fêmeas adultas do ácaro T. ludeni. Aos 15 dias após a infestação, o extrato de juazeiro na concentração de 3,54% (m/v) (CL50) foi pulverizado sobre as plantas. Decorridas 48h foi realizada a contagem de fêmeas adultas do T. ludeni com auxílio de lupa manual com área de 9 cm³ até 120 horas. Para avaliar o efeito residual, aos 60 dias as plantas de algodoeiro foram previamente pulverizadas com a CL50 (3,54% (m/v)) do extrato de juazeiro. Decorridas três horas, um dia, dois, quatro, oito e dezesseis dias, foram coletadas folhas e confeccionadas arenas com discos foliares. Em cada arena foram colocadas 10 fêmeas adultas de T. ludeni. As arenas foram mantidas em câmara B.O.D. Após 48h foi efetuada a contagem dos indivíduos vivos e mortos. Para avaliar as plantas com fitotoxicidade foram atribuídas notas de acordo com a intensidade dos sintomas. O delineamento estatístico adotado foi o inteiramente casualizado, com dois tratamentos e 10 repetições. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Em relação à preferência alimentar, não houve diferença significativa no número de indivíduos de T. ludeni entre as variedades de algodoeiro testadas. Entretanto, em relação ao nível de injúrias ocasionadas por este ácaro observou-se que as variedades BRS 201 e BRS Verde foram significativamente as mais atacadas. Para toxicidade dos extratos ao T. ludeni, houve diferença significativa. As maiores concentrações atingiram de 48 a 64% de mortalidade, apresentando toxicidade moderada ao ácaro T. ludeni. A CL50 determinada foi de 3,54% (m/v), com mortalidade de 76,47% e efeito repelente. Houve eficiência de controle por 120 horas, com média de 78,02%, não havendo diferença significativa entre os intervalos de avaliação. O extrato de juazeiro apresenta baixo efeito residual para mortalidade e oviposição de T. ludeni ao longo de 16 dias, tendo melhor ação por contato. As plantas não apresentaram fitotoxidez. Diante desses resultados é possível inferir que as variedades BRS 201 e BRS verde são mais susceptíveis ao ataque de T. ludeni e que o extrato de juazeiro apresenta potencial como controle alternativo do T. ludeni em algodoeiro, sendo uma estratégia promissora para ser inserida em programas de manejo desta praga no semiárido.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal}, note = {Unidade Acadêmica de Serra Talhada} }