@MASTERSTHESIS{ 2016:315675270, title = {Mudança do uso da terra e efeitos ecohidrológicos em área de caatinga e pastagem no semiárido pernambucano}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6859", abstract = "As terras áridas e semiáridas são regiões que apresentam um período duradouro de escassez de água. O semiárido brasileiro possui uma área de aproximadamente um milhão de quilômetros quadrados com cerca de 27 milhões de habitantes ocupando principalmente a região Nordeste do país. As mudanças ocorridas nesses sistemas de déficit hídrico, decorrente principalmente da exploração e degradação ambiental, têm contribuído para o processo de desertificação, para a invasão de espécies exóticas, para o surgimento de eventos climáticos extremos (chuvas intensas e secas prolongadas), para a mortalidade de árvores em larga escala, bem como para o aumento da intensidade com que esses fenômenos ocorrem. Diante disso, estudos que investiguem os efeitos da mudança do uso da terra são de fundamental importância para compreensão da ecohidrologia em ambientes áridos e semiáridos. Desse modo o presente trabalho teve como objetivos: i) verificar a influência de uma área de Caatinga e de pastagem nos componentes do balanço hídrico; ii) quantificar a lâmina de água interceptada pelo dossel da vegetação da Caatinga e iii) aplicar um modelo de interceptação para avaliar a capacidade máxima de armazenamento de água pelo dossel da Caatinga nas estações seca e úmida. As medidas dos componentes do balanço hídrico foram realizadas entre agosto de 2014 e julho de 2015 em ambas as áreas. Durante os doze meses de estudo a precipitação pluvial total nas duas áreas ficou abaixo da normal climatológica. Na Caatinga as maiores variações da radiação solar global ocorrerão a partir do mês de outubro de 2014 até o mês de março de 2015. A temperatura média do ar indica que existe uma maior absorção de calor na área de pastagem que resultou num aquecimento do ar superior em 1,9ºC ao da Caatinga. O armazenamento de água (Az) no solo na área de Caatinga apresentou uma variação (ΔAz) entre -10,34 e 11,78 mm, atingindo um valor total de -8,57 mm durante todo período de avaliação. Na área de pastagem o armazenamento de água (ΔAZ) variou entre -20,74 e 22,65 mm, com valor total de 3,24 mm. A precipitação interna na Caatinga correspondeu a 80,15% da precipitação externa e as perdas por interceptação representaram 19,85%. Do total de chuva que atingiu a superfície dos solos, 6,23 e 10,08% foram perdidos por drenagem (-QZ), 0,37 e 5,77% foram perdidos por escoamento superficial ES e a evapotranspiração total (ETr) foi de 496,31 e 434,43 mm ano-1 para Caatinga e pastagem, respectivamente. A capacidade máxima de armazenamento (Smax) de água do dossel da caatinga aumentou cerca de 50% na estação chuvosa em comparação com a estação seca. Com base nos dados dessa pesquisa, pode-se inferir que a substituição de vegetação nativa por pastagem interfere consideravelmente na variação dos componentes do balanço hídrico, indicando estreita relação entre as variáveis climáticas analisadas, além de confirmar as previsões acerca dos impactos climáticos decorrentes dessa ação.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal}, note = {Unidade Acadêmica de Serra Talhada} }