@MASTERSTHESIS{ 2013:983479525, title = {Uso de extratos de plantas da caatinga no controle da cochonilha-do-carmim (Dactylopius opuntiae) em palma forrageira (Opuntia ficus-indica)}, year = {2013}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6172", abstract = "O semiárido brasileiro é uma região com estações pouco definidas e vegetação com diferentes fitofisionomias, conhecida por vegetação de Caatinga, sendo uma das únicas ecorregiões exclusivamente brasileiras. Culturas forrageiras são adotadas por agricultores como alternativa estratégica de suplementação de animais, adequada à época do ano. Opuntia ficus-indica, conhecida como palma forrageira, é uma cultura bem adaptada às condições do semiárido e suas espécies possuem propriedades fisiológicas relacionadas à absorção, aproveitamento e perda de água, constituindo uma importante forrageira para subsídio alimentar de rebanhos em épocas de estiagem prolongada. Dactylopius opuntiae, conhecida popularmente por cochonilha-do-carmim, é uma das principais pragas da palma forrageira, cujo contínuo processo de alimentação e aumento da infestação, debilita a planta, causando danos irreversíveis e provocando a morte das raquetes em curto espaço de tempo. Produtos químicos são utilizados frequentemente como medida de controle para esta praga, porém o uso excessivo e desorientado destes produtos prejudica os agroecossistemas, afeta organismos vivos e causa contaminações por resíduos tóxicos. Substâncias químicas obtidas de espécies vegetais são uma das alternativas para o controle de pragas, com o intuito de reduzir danos ao ambiente. Devido tais problemas, o presente trabalho teve como objetivo fazer uso de extratos aquosos de espécies botânicas da Caatinga, visando o controle da cochonilha-do-carmim em palma forrageira, sendo divido em três capítulos. Para isso, foram utilizados extratos aquosos de Feijão-bravo (Cynaphalla flexuosa), Marmeleiro (Croton blanchetianus) e Juazeiro (Ziziphus joazeiro) e água destilada como testemunha. No Capítulo I, os extratos foram aplicados em raquetes susceptíveis em condições de laboratório, e infestados por ninfas migrantes da cochonilha-do-carmim, com o intuito de analisar a mortalidade. Foram utilizadas 4 dosagens para obtenção dos extratos aquosos (1, 5, 10 e 15g/100 ml) das espécies vegetais. No tório foram testadas as doses 0, 1, 5, 10 e 15% dos tratamentos em discos susceptíveis de palma forrageira, mergulhados e posteriormente colonizados por ninfas migrantes, onde foram analisados a cada 6 horas por um período de 48 horas, para análise da mortalidade das ninfas. Com os resultados obtidos em laboratório, uma dose foi escolhida para aplicação nos demais experimentos. No Capítulo II, 100mL dos tratamentos foram aplicados em palmas forrageiras susceptíveis limpas, colocadas em gaiolas de madeira, para análise da velocidade de infestação das colônias de cochonilha, após obtenção de extratos a partir de 5g das plantas. O experimento foi analisado diariamente por um período de 30 dias, contando-se o número de ninfas migrantes e de colônias da cochonilha-do-carmim presentes nas raquetes tratadas. No Capítulo III, os extratos e o inseticida (LAMBDACIALOTRINA + TIAMETOXAN) foram aplicados sobre populações dae cochonilha-do-carmim em plantios de palma forrageira, em duas áreas experimentais, sendo utilizados 3L dos extratos aquosos e da calda do inseticida, obtidos a partir de 150g e de 1,51 mL do inseticida, onde foram realizadas avaliações aos 8 dias e 15 dias após a montagem do experimento para área em Serra Talhada, e 10 e 15 dias para área de São José do Belmonte, com reaplicação dos tratamentos na primeira avaliação. Os dados obtidos nos experimentos foram tabulados e submetidos às análises de variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, e para os experimentos de campo foi estimada a taxa instantânea de crescimento populacional (ri) da praga. Em laboratório todos os extratos ocasionaram mortalidades de ninfas migrantes de D. opuntiae, sendo observado que a mortalidade aumenta com a dose e o período de exposição. No experimento de infestação, percebeu-se que o início da colonização por ninfas migrantes e das colônias da cochonilha-do-carmim ocorreram nos 10 primeiros dias de avaliação, apresentando efeito significativo da interação extratos*doses e extratos*tempo de avaliação. Em campo, nas duas áreas experimentais houve mortalidade de mais de 50% das colônias de cochonilha-do-carmim quando tratadas pelos extratos aquosos, o que refletiu em uma taxa instantânea de crescimento (ri) negativa da população de cochonilhas. Os resultados deste trabalho demonstraram a viabilidade de utilizar plantas da Caatinga no manejo da cochonilha-do-carmim em palma forrageira, uma vez a utilização de espécies vegetais torna-se uma prática de fácil acesso e de baixo custo-produção.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal}, note = {Unidade Acadêmica de Serra Talhada} }