@MASTERSTHESIS{ 2011:1510209778, title = {Gênero e desenvolvimento: trajetórias de quatro gerações de mulheres do sertão da Paraíba}, year = {2011}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6098", abstract = "A presente dissertação focaliza o desenvolvimento rural na perspectiva de gênero, analisando mudanças ocorridas no Cariri, na zona semiárida no Sertão da Paraíba, considerando as transformações inscritas nas trajetórias de vida de quatro gerações de mulheres, de uma família camponesa. Em nosso estudo, realizado no período de 2009 a 2011, discutimos como as mulheres rurais, nas últimas nove décadas, foram beneficiadas pelas políticas públicas implementadas no Cariri; e de que forma as suas trajetórias de vida e de suas famílias foram afetadas pelo acesso a essas políticas, nas esferas da educação, da saúde, no acesso à terra, à água, aos serviços de Assistência Técnica e de Extensão Rural. A metodologia escolhida tem como base os conceitos de Ecléa Bosi (2009), Barros [200-] e Gaulejac (2006) referentes a historia e trajetória de vida. O método qualitativo nos permitiu pesquisar as experiências de mulheres rurais em três demarcados períodos de suas vidas: o “tempo do sítio”, o “tempo do lote” e o “tempo atual”. Nosso referencial teórico destaca as categorias: desenvolvimento rural, feminismo e gênero, extensão rural, políticas públicas e trajetórias de vida. Para refletir sobre o mundo rural e o campesinato, apresentamos os conceitos de Nazareth Wanderley (2009), Veiga (2002), Sabourin (2009) e Abramovay (2003). Na categoria desenvolvimento, além desses autores, citamos Mantega (1984), Amartya Sen (2007), Araújo (2000) e Furtado (2009). A reflexão acerca da Extensão Rural é ancorada em Callou (2006) e no marco das políticas públicas nos remetemos a Burstyn (2008) e Mendonça (2010). Trazemos o debate sobre o feminismo e gênero por meio das concepções de Ávila (2007) e Siliprandi (2009). Para analisar as especificidades de gênero em contextos rurais, trabalhamos principalmente com Inês Paulilo (2004), Melo e Di Sabato (2009). Fazendo os elos entre feminismo e desenvolvimento, apoiamo-nos nas indagações de Nancy Fraser (2009), destacando a articulação entre as dimensões micro, meso e macro do funcionamento social. Em nosso arcabouço teórico discutimos a concepção de desenvolvimento adotada pelo Brasil a partir dos anos de 1930, que estabeleceu a industrialização e a urbanização como significados de modernização. Também refletimos sobre os efeitos dessa escolha para o espaço rural e para a sua população, trilhando o percurso das políticas de desenvolvimento adotadas pelo governo, até a atualidade, quando entra em pauta a exigência da sustentabilidade do desenvolvimento e se questiona o papel do Estado, sobretudo, com o recente processo de redemocratização vivenciado no país. Os estudos feministas, e de gênero, fundamentam a compreensão das relações de poder estabelecidas na sociedade, que são produto e produtoras de desigualdades por pertencimento de gênero, de raça e de classe. Pudemos constatar nesta pesquisa que no mundo rural as mulheres exercem a função de “agente” no cotidiano da produção e da reprodução. Entretanto, o histórico político do desenvolvimento brasileiro, priorizando o modelo urbano-industrial, não inseriu em sua agenda a inserção das necessidades e singularidades da população rural. Com efeito, produziram-se abissais desigualdades entre o rural e o urbano, mulheres e homens, brancos, negros e indígenas, entre outros em nossa sociedade.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local}, note = {Departamento de Educação} }