@MASTERSTHESIS{ 2011:1817311677, title = {Agricultura familiar e arranjos produtivos locais no semiárido alagoano : possibilidades e limites para a extensão rural na perspectiva do desenvolvimento local}, year = {2011}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6087", abstract = "Esse trabalho teve por objetivo analisar como ocorre a inserção de agricultores familiares do Semiárido alagoano em Arranjos Produtivos Locais considerando a Extensão Rural como um possível instrumento para essa inserção. Partiu-se do pressuposto de que estes agricultores são possuidores de tradições e de uma cultura produtiva que não partilham da mesma ideologia que norteia estes arranjos e que mesmo assim, são induzidos a inserir-se no mercado numa lógica produtivista a partir da adoção de tecnologias modernas estimuladas pela atuação articulada de instituições públicas e privadas que constituem os APL’s. Para compreender como ocorre a inserção, foi necessário entender o contexto que envolve a região do Semiárido, assim como se comportam os agricultores de base familiar dessa região perante as estratégias de atuação dos Arranjos Produtivos Locais. Para isso foram realizados estudos bibliográficos a respeito dos processos equivocados de desenvolvimento que foram introduzidos no Semiárido a partir da colonização, assim como seus reflexos na inspiração das ações governamentais para combate a seca. Também foi importante compreender a agricultura familiar da atualidade, como resultante de um longo caminho de resistência ao processo de modernização da agricultura, o que fez surgir novas perspectivas para inclusão estratégica dessa categoria nos processos de desenvolvimento local. Considerou-se como objeto desse estudo, os agricultores familiares do município de São José da Tapera em Alagoas inseridos ou não em Arranjos Produtivos Locais. Para isso foram entrevistados doze agricultores sendo quatro inseridos no APL de Apicultura, quatro inseridos no APL de Ovinocaprinocultura e quatro agricultores não inseridos em APL. Além desses agricultores foram entrevistados duas lideranças que representavam os agricultores nas ações dos APL’s e um técnico que prestou assistência a um dos APL’s estudados. Para as entrevistas foram utilizados roteiros semi-estruturados associado ao gravador de voz. Outro instrumento metodológico adotado foi o estudo documental e bibliográfico. Ficou claro, nesse estudo, que o APL constitui-se numa moda surgida no Brasil, copiada de experiências internacionais pela influência principalmente do Sebrae junto a outras instituições públicas e privadas. Com base em experiências extraídas de algumas regiões de alguns países da Europa, que em poucos ou raros aspectos se adéquam a realidade brasileira e principalmente do Nordeste, pelo menos quando os agricultores de base familiar são considerados como público. De uma forma geral percebeu-se que a inserção dos agricultores nos APL’s, quando ocorre, é por subordinação, por convencimento ou promessas “milagrosas”. Por outro lado, a cultura e as tradições produtivas da agricultura familiar não comungam com a lógica do APL pelo seu caráter produtivista e excludente. Além disso, não há interesse de se manter a diversidade, pois a forma e as ações do APL direcionam para uma especialização produtiva. Percebeu-se também que a visão reducionista das estratégias na tentativa de incluir os agricultores no contexto das cadeias produtivas, assim como a reprodução do modelo difusionista equivocado vedam qualquer possibilidade de uma atuação da Extensão Rural com suas novas abordagens para o contexto dos APL’s.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local}, note = {Departamento de Educação} }