@MASTERSTHESIS{ 2009:846790063, title = {Análise de fatores relacionados com timpanismo espumoso e da conduta terapêutica em bovinos no Agreste meridional do estado de Pernambuco}, year = {2009}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5771", abstract = "O timpanismo espumoso (TE) é um dos principais distúrbios digestivos que acometem os ruminantes, sua etiopatogenia está relacionada a dietas que, em sua composição, contém alguns tipos de leguminosas ou excesso de concentrado. As perdas econômicas desta enfermidade estão representadas por diminuição da produção, gastos com medicamentos, serviço veterinário e morte do animal. O presente estudo teve por objetivo analisar os fatores de risco como alimentação, sistema de criação, época do ano e idade dos animais, além dos tipos de conduta terapêutica empregada e sua resolução na ocorrência do timpanismo espumoso em bovinos. Foi realizado o estudo retrospectivo de 60 casos clínicos diagnosticados da enfermidade ocorridos em bovinos que foram atendidos na Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no período entre janeiro de 1989 a dezembro de 2007; onde, epidemiologicamente, se analisou dados desses fatores de riscos (alimentação, sistema de criação, época do ano e outros), relacionados à ocorrência do timpanismo espumoso, assim como o período de evolução clínica, os procedimentos terapêuticos adotados, e a resolução dos casos. Dos 60 animais acometidos 54 (90%) recebiam dietas com alto teor de concentrados; a palma era um dos ingredientes na dieta de 41 animais. Em 48 (80%) animais o sistema de criação verificado era de semi-intensivo a intensivo. A maioria dos animais acometidos era fêmea (57/60), onde 44 (84,08%) desses se encontravam em fase de lactação. A maior ocorrência (62%) dos casos de timpanismo espumoso foi registrada no período do verão. O fluido ruminal desses animais tinha o valor de pH que oscilava ente 7 e 8, a consistência era espumosa e havia comprometimento da fauna. O período de evolução clínica da doença foi em torno de seis dias. A escolha da conduta terapêutica dependeu do grau do comprometimento clínico em que os animais se encontravam, e variou entre: tratar clinicamente ou cirurgicamente e encaminhar ao abate. Dos animais atendidos quatro (6,67%) foram encaminhados ao abate, dezessete (28,33%) submeteram-se ao tratamento clínico e trinta e nove (65,00%) foram tratados cirurgicamente por ruminotomia. O tempo de convalescença variou de acordo com a conduta terapêutica adotada, ficando em média de três a quatro dias para os casos tratados de forma clínica, onde dezesseis (94,11%) obtiveram alta e um (5,89%) veio a óbito. Dos animais submetidos à cirurgia trinta e três (84,62%) recuperaram-se plenamente e seis (15,38%) tiveram sua resolução clínica desfavorável; o tempo médio de convalescença adotando essa conduta terapêutica, ficou em torno de nove a dez dias. Pode-se concluir que a inter-relação dos fatores de risco, como a alimentação rica em concentrados, o sistema de produção semiintensivo a intensivo, a época de seca e os dois primeiros períodos de lactação, associada com a interação de fatores inerentes ao individuo e à microbiota ruminal deve ser considerada como de importância na etiopatogenia do timpanismo espumoso na região do Agreste Meridional do Estado de Pernambuco - Brasil, e que a opção pela medida terapêutica (cirúrgica ou clínica) está relacionada com a gravidade clínica em que se encontra o paciente, e a sua escolha quando definida de maneira correta e em tempo hábil contribui, positivamente, para um prognóstico favorável dos animais com essa enfermidade.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária}, note = {Departamento de Medicina Veterinária} }