@MASTERSTHESIS{ 2009:1075861944, title = {Anticorpos contra vírus do grupo da língua azul em caprinos e ovinos do sertão de Pernambuco e inferências sobre sua epidemiologia em regiões semi-áridas}, year = {2009}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5677", abstract = "A língua azul (LA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, de ruminantes, causada pelo vírus da LA (VLA), transmitido por insetos do gênero Culicoides. A gravidade dos sinais clínicos da LA varia de acordo com a espécie, sendo os ovinos os mais gravemente afetados. Inquéritos sorológicos realizados no Brasil indicam que o vírus da LA está amplamente difundido entre bovinos e bubalinos; em caprinos e ovinos há poucos relatos de inquéritos sorológicos e descrição apenas de dois surtos com casos clínicos. A maioria das publicações discute a epidemiologia da LA em áreas temperadas que sofrem surtos periódicos. Este trabalho foi conduzido com o objetivo de estimar a prevalência de anticorpos contra o VLA em caprinos e ovinos do sertão do Estado de Pernambuco e de avaliar, preliminarmente, as condições para a manutenção dos Culicoides em ambientes tropicais semiáridos. O inquérito sorológico foi conduzido por amostragem probabilística em duas mesorregiões do Estado de Pernambuco (Sertão Pernambucano e Sertão do São Francisco), onde foram colhidas amostras de 41 criações de caprinos (n=410) e 40 (n=400) de ovinos. Além disso, foram obtidasinformações sobre as principais variáveis climáticas (precipitação pluviométrica, temperaturas máxima e mínima) que interferem na dinâmica da população e competência dos Culicoides para transmitir o VLA. Animais soropositivos à imunodifusão em ágar gel (IDGA) para LA foram encontrados em 24,39% (11,25≤p≤) das criações de caprinos e em 27,5% (13,66≤p≤41,34) de ovinos distribuídas nas mesorregiões do Sertão Pernambucano, que apresentou 4,84%(2,53≤p≤7,47) de caprinos e 4,14% (1,85≤p≤6,43) de ovinos soropositivos e do São Francisco Pernambucano, 1,00% (0,00≤p≤2,95) de caprinos e 4,55% (0,65≤p≤8,44) de ovinos soropositivos. A prevalência estimada foi de 3,90% (2,03≤p≤5,78) e 4,25% (2,27≤p≤6,23) para caprinos e ovinos, respectivamente. Observou-se que dentre os caprinos, foram registrados resultados positivos em 4,18% (1,87≤p≤6,50) das matrizes, 4,88% (0≤p≤11,47) dos reprodutores e 2,44% (0≤p≤5,78) dos animais jovens, enquanto que entre os ovinos 4,29% (1,91≤p≤6,66) das matrizes, 5,00% (0≤p≤11,75) dos reprodutores e 3,75% (0≤p≤7,91) dos animais jovens apresentaram sorologia positiva para LA. Não foram registradas diferenças significativas entre positividade para LA e mesorregião, espécie e categoria animal (χ2; P>0,05). Com base nas variáveis climáticas ficou bem caracterizado um período de chuvas, distribuído nos meses de dezembro a maio, e um seco, de junho a novembro. A constatação da presença de anticorpos para vírus do grupo da LA distribuídos homogeneamente entre os rebanhos e mesorregiões evidencia que existem condiçõesepidemiológicas para manutenção de uma arbovirose no semiárido, que são discutidas no artigo.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária}, note = {Departamento de Medicina Veterinária} }