@MASTERSTHESIS{ 2012:612262661, title = {Os padrões ecomorfológicos apresentados pelas espécies da ordem Characiformes (actinopterygii) são relacionadas com suas adaptações ecológicas?}, year = {2012}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5441", abstract = "Os padrões morfológicos apresentados pelas espécies resultam da interação entre seu fenótipo, genótipo e ambiente, através de processos adaptativos e evolutivos. Dessa forma, este trabalho objetiva avaliar o papel da filogenia e do hábito alimentar nos padrões morfológicos das espécies da Ordem Characiformes, testando a hipótese de que a pressão ambiental interfere nos padrões morfológicos apresentados pelas espécies a ponto de causar divergência ou convergência morfológica entre elas. O local selecionado para esta pesquisa foi a lagoa Curralinho, uma lagoa marginal do Rio São Francisco, localizada no estado de Pernambuco. Neste trabalho foram utilizadas as doze espécies da Ordem Characiformes mais abundantes no ecossistema avaliado, sendo elas capturadas no período de março/2007 a fevereiro/2008. Através de dados morfológicos e análise da dieta, verifica-se que a segregação dos Characiformes em grupos morfologicamente distintos, refletiu de um modo geral, suas diferenças alimentares, com as espécies morfologicamente semelhantes propendendo a ocupar uma mesma categoria trófica. Os piscívoros Acestrorhynchus britskii, Acestrorhynchus lacustres, Hoplias malabaricus, Pygocentrus piraya e Serrasalmus brandtii apresentaram características morfológicas que os permitiram ingerir presas relativamente maiores. No entanto entre esses piscívoros observam-se diferenças na eficiência natatória, indicando que os piscívoros que ingerem peixes inteiros apresentam uma maior agilidade natatória para capturar suas presas evasivas, que se deslocam e apresentam adaptações para fugir de seus predadores. As espécies Roeboides xenodon e Leporinus reinhardti, também utilizaram preferencialmente peixes em suas dietas, no entanto, a morfologia dessas espécies não apresentou as adaptações encontradas na maioria dos piscívoros. A menor velocidade de natação foi evidenciada entre os integrantes das categorias insetívora e onívora, que utilizam itens alimentares com menor mobilidade que os peixes, como os insetos, ou imóveis, como os vegetais. Esta menor eficiência natatória não parece caracterizar uma desvantagem para essas espécies, visto que essas parecem ocupar preferencialmente as margens do corpo d’água, que oferece uma maior disponibilidade de recursos para estes peixes. A relação entre morfologia e ecologia trófica, confirmada pelo teste de Mantel, indica que provavelmente a estruturação ecológica da taxocenose avaliada vem sendo conformada por adaptações evolutivas para utilização de um determinado recurso. Essas adaptações podem ser evidenciadas, quando se observam os processos de convergência e divergência adaptativas.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ecologia}, note = {Departamento de Biologia} }