@MASTERSTHESIS{ 2013:1043967465, title = {Conhecimento e utilização de mamíferos por duas comunidades em uma Área de Proteção Ambiental (APA/Araripe) : uma abordagem etnomastozoológica}, year = {2013}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5294", abstract = "Estudos sobre o conhecimento e uso dos recursos naturais vêm a ser uma crucial ferramenta para identificar a forma como cada indivíduo observa e utiliza o ambiente em que vive. Cada pessoa apresenta um próprio conhecimento do ambiente, e esse conhecimento pode variar em função do sexo, idade, condições de moradia e grau de escolaridade. Nesse contexto este trabalho apresenta os seguintes objetivos: Inventariar as espécies de mamíferos utilizadas e conhecidas em duas comunidades inseridas dentro da Área de Proteção Ambiental Araripe – APA/Araripe; verificar se existe diferença significativa no conhecimento com relação ao uso de mamíferos de acordo com o sexo e a faixa etária; identificar os tipos de enfermidades tratadas pelos zooterápicos e obter informações com relação às partes dos mamíferos utilizados para fins medicinais e ao modo de preparo dos medicamentos. O trabalho foi realizado em duas comunidades inseridas na APA/Araripe, comunidade do Sítio Betânia e comunidade do Caldas, ambas pertencentes a cidade de Barbalha (Ceará, Brasil). As entrevistas foram realizadas através de formulários semi-estruturados. Todas as casas habitadas das duas comunidades foram visitadas, sendo entrevistadas no máximo duas pessoas por residência. Tomou-se o cuidado de evitar que o primeiro entrevistado entrasse em contato com o próximo, evitando desta forma que um interferisse nas respostas do outro. Caso houvesse essa interferência a pessoa entrevistada era eliminada da amostragem. A amostragem foi dividida através do sexo e três grupos de idade baseado nos critérios de classificação do Ministério da Saúde do Governo Brasileiro: adolescentes (12 a 19 anos), adultos (20 a 59 anos) e idosos (acima de 60 anos). Foram realizadas 229 entrevistas entre os meses de outubro e novembro de 2012. Sendo verificado que os homens conhecem e utilizam mais os mamíferos como zooterápicos e como recurso alimentar do que as mulheres, enquanto para o uso místico religioso não foi observado diferença significativa entre os gêneros. Com relação às idades, observou-se que os adultos conhecem e utilizam mais os mamíferos como zooterápicos e os idosos como recurso alimentar. Este estudo mostra que a prática do uso de mamíferos ainda persiste mesmo em comunidades inseridas em unidades de conservação onde as leis são mais rigorosas. Provavelmente, tradições enraizadas, pobreza e falta de fiscalizações mais rigorosas levam a tais práticas. Dessa forma, a elaboração de um rigoroso plano de manejo, levando-se em consideração os aspectos sociais e culturais das comunidades locais envolvidas, vem a ser de suma importância.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ecologia}, note = {Departamento de Biologia} }