@MASTERSTHESIS{ 2013:1383979714, title = {Utilização de recursos lenhosos como fonte de combustível no beneficiamento de um produto florestal não madeireiro (Caryocar coriaceum Wittm.) no Nordeste do Brasil}, year = {2013}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5283", abstract = "A superexploração dos produtos florestais não madeireiros (PFNM), atrelada a demandas comerciais, pode proporcionar efeitos negativos sobre as populações de espécies vegetais, comunidades biológicas e, até mesmo, ecossistemas. No entanto, ainda não se tem conhecimento acerca de quais os possíveis impactos que o extrativismo e a utilização dos PFNM, principalmente daqueles com grande representatividade econômica, podem gerar sobre os recursos madeireiros associados a muitas destas atividades. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi compreender a dinâmica de consumo de espécies lenhosas utilizadas como combustível em associação à prática de produção do óleo do pequi (Caryocar coriaceum Wittm.) na Floresta Nacional do Araripe (FLONA), Ceará, Brasil. Durante os meses de janeiro e fevereiro de 2012, foram realizadas entrevistas semi estruturadas com 39 produtores de óleo de pequi da comunidade de Cacimbas que estavam alojados em acampamentos próximos à FLONA. Foram contabilizados os volumes de lenha coletados por espécie e o total utilizado para a produção do óleo em um mês de safra do pequi. Também foi realizado um inventário florestal a fim de verificar a abundância das espécies lenhosas e, posteriormente, foi analisado o Índice de Valor Combustível (IVC) de todas as plantas amostradas no levantamento etnobotânico. 28 espécies de plantas lenhosas, pertencentes a 10 famílias, foram registradas. Houve correlação significativa entre conhecimento e uso. A preferência correlacionou-se significativamente com o conhecimento, o uso e o volume de plantas coletadas, entretanto, não apresentou correlação significativa com o IVC nem com a abundância das espécies lenhosas no ambiente. As espécies mais coletadas foram Dimorphandra gardneriana (3,53 m3), Byrsonima spp. (1,26 m3), Qualea parviflora (1,03 m3) e Bowdichia virgilioides (0,95 m3), as quais também são consideradas espécies preferidas, representando o grupo de plantas que sofre as maiores pressões de uso. A coleta baseia-se principalmente em lenha seca e na utilização de galhos e troncos das árvores. Estima-se que as 39 famílias observadas consumam 67,92 m3 de lenha durante um mês de safra, podendo chegar a 203,77 m3 ao final de uma safra de três meses. Existe um grupo de plantas preferidas que são mais vulneráveis e merecem maior atenção por parte tanto da comunidade de informantes como do órgão fiscalizador local, necessitando de alternativas de manejo que garantam a futura disponibilidade do recurso para as populações humanas e o desempenho das funções destas espécies no ecossistema.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ecologia}, note = {Departamento de Biologia} }