@MASTERSTHESIS{ 2013:304028720, title = {Penelope superciliaris e Penelope jacucaca (Aves: Cracidae) : conservação e etnoornitologia em uma unidade de conservação}, year = {2013}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5277", abstract = "Esse trabalho foi realizado na Floresta Nacional do Araripe (FLONA) e em comunidades que vivem no entorno dessa Unidade de Conservação. Teve como objetivos estimar os parâmetros populacionais de densidade, abundância e tamanho da população de Penelope superciliaris em áreas da FLONA, além de descrever os principais itens alimentares que compõe a dieta dessa espécie, descrevendo morfologicamente os frutos que fazem parte da sua dieta e investigar como se dá as relações de caça e coleta de ovos de Penelope superciliaris (jacupemba) e Penelope jacucaca (jacucaca) pelas comunidades humanas que habitam aquela região, esclarecendo quais as técnicas, os instrumentos, o período e os locais utilizados nessas práticas. O trabalho foi desenvolvido entre novembro de 2011 e maio de 2013. Foram utilizados os métodos de transectos lineares, para estimar os parâmetros populacionais, além de registros visuais e coleta de amostras de fezes para estudar a ecologia alimentar. Entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com os informantes através de um questionário e de uma prancha com fotos das espécies. Foi registrada uma densidade de 19.17 indivíduos/km2 com um C.V= 13.98% e uma abundância de 0.13 encontros/10 km. Foi registrado também o consumo de 14 espécies de plantas, 12 delas detectadas por registros visuais e duas por amostras de fezes. O diâmetro dos frutos consumidos variou entre 6.3 ± 1.35 mm (Miconia albicans) a 29.9 ± 1.7 mm (Psidium sp.). Espécies com os frutos amarelos foram as mais consumidas (n= 5; 41.6%), seguidos por frutos negros, verdes e vermelhos (n= 2; 16.6%) cada. Os frutos carnosos do tipo bacóide (n= 6; 50%) e drupóide (n= 4; 33.3%) foram os mais consumidos. P. superciliaris obteve o maior valor de uso (VU= 0,89) em comparação a P. jacucaca (VU= 0,15). Foi identificado dois principais usos para as espécies estudadas, a carne utilizada para alimentação (57,9%) e a coleta de ovos para a criação de filhotes (47,36%). Os meses de janeiro, junho, julho e novembro obtiveram quatro citações como os melhores períodos para caçar jacu e dezembro foi o mais citado (6 citações). Todos os entrevistados citaram os intervalos de horários (5h – 6h) e (17h – 18h) como os mais indicados para a caça da jacucaca e da jacupemba. Foram identificados também quatro instrumentos para a caça dessas espécies. A espingarda foi a mais citada (68,42%), seguido pela caça com a utilização de cachorro (21%). Os dois outros instrumentos, armadilha e a baladeira, obtiveram (5,26%) de citações cada. Os dados sobre os parâmetros populacionais, dieta e as utilizações de P. superciliaris e P. jacucaca, associados às informações das técnicas de caça, horários, período do ano e locais, fornecem possibilidades de criação de estratégias de manejo e conservação, as quais poderão ser utilizadas pelos órgãos ambientais a fim de desenvolver ações de conservação que envolvam estas duas espécies.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ecologia}, note = {Departamento de Biologia} }