@MASTERSTHESIS{ 2014:1685369008, title = {Plantas medicinais, redundância utilitária e resiliência de sistemas médicos locais na caatinga}, year = {2014}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5262", abstract = "O Modelo de Redundância Utilitária (MRU) se inspira em um modelo ecológico para inferir sobre a resiliência de sistemas socioecológicos. Segundo o modelo, a redundância de espécies com mesma função utilitária assegura a resiliência de um sistema. Nessa perspectiva, a análise da resiliência de sistemas médicos locais (SML) pode revelar pontos essenciais para compreender como comunidades locais conseguem se manter em determinados ambientes, principalmente onde o acesso a saúde pública e a recursos naturais é limitado. Esta dissertação visa investigar a resiliência de dois SMLs inseridos na Caatinga e testar algumas predições do MRU. Dessa forma as perguntas levantadas se baseiam em características que conferem resiliência ao SML a partir das premissas do modelo: Há predomínio de redundância nas categorias medicinais? Espécies redundantes são utilizadas na ausência das espécies preferidas da mesma categoria medicinal? Há maior redundância em enfermidades mais graves e/ou mais frequentes? Há compartilhamento das informações sobre o tratamento das enfermidades? Os sistemas médicos se mostraram altamente especializados, no entanto, quando há redundância, as espécies redundantes são empregadas na ocasião de um distúrbio, confirmando uma previsão do MRU em que a redundância garante a manutenção das funções terapêuticas. Foi encontrado que a redundância de uma enfermidade está associada com a sua freqüência de ocorrência, o que assegura a manutenção das funções medicinais em eventos recorrentes. No entanto, o baixo compartilhamento encontrado e a pouca redundância de plantas em enfermidades graves mostram pontos de vulnerabilidade do sistema. Com base em nossos dados, podemos sugerir que os SMLs estudados são estruturados principalmente através de experiências individuais dos especialistas, e que o acréscimo de novas plantas acompanha a dinâmica de ocorrência das enfermidades e considera o risco de vida no tratamento. Sob essa perspectiva, o baixo compartilhamento e a pouca redundância em enfermidades graves podem refletir uma característica do processo evolutivo que o sistema se encontra.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ecologia}, note = {Departamento de Biologia} }