@PHDTHESIS{ 2016:1654151956, title = {Regeneração e dinâmica em florestas de caatinga jovem e madura}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5085", abstract = "As florestas tropicais secas estão sendo alteradas por ações antrópicas. O histórico de uso que a área sofreu e sua proximidade a fragmentos preservados devem ser considerados a fim de melhor compreender o processo sucessional dessas áreas, pois além de influenciar os mecanismos de regeneração e dinâmica das populações reestabelecidas, afetam a velocidade de recuperação. As populações estabelecidas em áreas modificadas experimentam variações microclimáticas distintas das encontradas em florestas maduras, sendo pouco conhecidas as respostas das espécies a essas mudanças. Assim, esta tese teve como objetivo: a) caracterizar e comparar a densidade, riqueza, altura, diâmetro e área basal da comunidade de uma floresta secundária da caatinga que sofreu intervenção antrópica em um intervalo de cinco anos; b) analisar o efeito das variações interanuais e sazonais na precipitação e das variações microclimáticas na dinâmica de três populações entre florestas madura e jovem. Para avaliar o potencial de recuperação da área foram estabelecidas 200 parcelas (5 x 10 m) em uma área de floresta secundária de caatinga localizada no município de Caruaru-PE, Brasil. Nos anos de 2008 e 2013 cada uma das parcelas teve todos os indivíduos vivos com diâmetro do caule ao nível do solo ≥ 3 cm identificados e medidos quanto à altura e diâmetro. Para o estudo de dinâmica populacional, 100 subparcelas de 25 m² foram estabelecidas na floresta jovem e a mesma quantidade em uma floresta madura, havendo um monitoramento mensal durante o período de 2013 a 2015 sendo anotados os números de indivíduos nascidos e mortos de Poincianella pyramidalis, Schinopsis brasiliensis e Myracrodruon urundeuva. Também foram mensuradas as variáveis microclimáticas (luz, temperatura, vento e umidade) com o intuito de correlacioná-los com os parâmetros demográficos das espécies. Com o passar dos cinco anos a quantidade de espécies foi praticamente à mesma, Houve redução na densidade total e na área basal média devido ao amadurecimento da floresta e provavelmente, a seca prolongada de 2012. Em 2008 a área basal total era de 10,59 m².ha-1, aumentando para 11,01 m².ha-1. A altura média da comunidade não apresentou aumento significativo de 3,59 m em 2008 para 3,65 m no ano de 2013. O quantitativo dos indivíduos inseridos nas menores classes de diâmetro diminuiu de 2008 para 2013, ocorrendo o inverso nas maiores classes. A dinâmica das populações variou entre as florestas, estações climáticas e anos (variação interanual de precipitação). Apesar da idade da floresta ter baixo poder de explicação sobre os nascimentos e mortes de P. pyramidalis em curta escala temporal, 30% da densidade foi explicada pela idade da floresta, sugerindo que o recrutamento para estádios ontogenéticos avançados seja influencido pelas variações interanuais ocorrentes nas condições microclimáticas de cada floresta, sendo negativamente correlacionada com luz na floresta jovem. A mortalidade foi correlacionada a luz, tempetaratura e umidade na floresta madura e, a luz e umidade na floresta jovem. Em S. brasiliensis houve correlação entre luz e densidade, bem como entre vento e umidade no número de mortes apenas na floresta jovem. O poder de influência da idade da floresta e das variações interanual e sazonal de precipitação sobre os nascimentos foi baixo e nenhuma variável microclimática teve correlação com os nascimentos. Em M. urundeuva, temperatura e umidade foram correlacionadas aos nascimentos na floresta madura, mas na floresta jovem apenas luz se correlacionou aos nascimentos. No geral, a idade da floresta influenciou a densidade e os totais sazonais e anuais de precipitação influenciaram a mortalidade e os nascimentos, respectivamente, mas de maneira geral, o poder de explicação foi também baixo. Concluiu-se que a velocidade do processo regenerativo e a resiliência da floresta é afetada pelo tempo de abandono, sendo as alterações que acontecem num espaço de cinco anos consideradas lentas e não permitem detectar grandes mudanças no avanço do processo de recuperação de uma floresta que já apresente 19 anos de idade. Além da idade da floresta, a variação temporal (entre anos e entre estações climáticas) atrelada à influência das variações microcimáticas alteram a densidade e o número de indivíduos mortos e nascidos em florestas com idades distintas. Foi visto que as respostas demográficas das plantas lenhosas às variações microclimáticas podem ser complexas nas florestas secas e as dessemelhanças nas condições microclimáticas entre florestas sugerem lentidão no retorno de tais condições. Tal retorno é de extrema importância para projeção futura do tempo necessário para a formação de novas florestas pós-uso da terra para atividades agrícolas em ambientes semiáridos.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }