@MASTERSTHESIS{ 2016:245857887, title = {Sucessão florestal em cronossequência na floresta atlântica : capacidade de resiliência e influência do meio}, year = {2016}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4994", abstract = "Florestas primárias se tornam mais escassas a cada dia, ao passo que a quantidade de florestas secundárias aumenta. Principalmente nos trópicos, áreas em regeneração tornam-se florestas potenciais para conservação da biodiversidade e manutenção de serviços ecossistêmicos. Porém, ainda não há um modelo unificado que preveja se a recuperação natural dessas florestas se dá de forma progressiva, assemelhando-se às florestas maduras ou se divergem e tornam-se florística e estruturalmente diferentes dessas florestas, principalmente em áreas urbanas com frequentes perturbações. O presente estudo teve como objetivo avaliar se, após o abandono, há convergência de floresta secundária para floresta madura em uma cronossequência inserida na paisagem urbana altamente impactada. Para isso, foi realizado o estudo das assembleias vegetais lenhosas (árvores, palmeiras e lianas), do dossel e sub-dossel, no Parque Estadual de Dois Irmãos, Recife, PE, em cinco localidades: duas em área de floresta madura e três em processo de regeneração. Os históricos das áreas foram determinados a partir de fotos aéreas históricas, delimitando-se uma cronossequência. A cronossequência foi constituída por duas localidades maduras (M1 e M2), uma localidade em regeneração tardia (R1, entre 34 e 46 anos) e duas localidades em regeneração inicial, uma menos impactada (R2) e outra mais impactada (R3), ambas com menos de 30 anos. Em unidades amostrais (UA) circulares de 254 m2 (dossel) e 78 m2 (sub-dossel), todos os indivíduos com DAP ≥ 10 cm (dossel) e ≥ 5 cm (sub-dossel) foram identificados e medidos. Foram colhidas informações de luminosidade e declividade de cada unidade amostral. Os dados foram analisados quanto à riqueza, por meio de rarefação, similaridade (NMDS e ANOSIM), espécies indicadoras, análise de indicadores fisionômicos e fatores abióticos (Kruskal-Wallis seguida pelo teste de Dunn e ANOVA seguida pelo teste de Tukey) e influência dos fatores abióticos (RDA seguida de Monte Carlo) para dossel e sub-dossel. Ao longo da cronossequência, houve um aumento significativo da riqueza, similaridade florística (maior semelhança entre áreas com idades próximas), maior similaridade do sub-dossel com o dossel das áreas com idades mais avançadas, e fisionomia (altura, densidade e área basal). Também foi observado que somente a área madura (M1 e M2) e a regenerante tardia (R1) possuíam espécies indicadoras de sucessão tardia. Entre as áreas mais jovens, aquela mais impactada diferiu em riqueza e fisionomia da menos impactada com mesma idade. Este padrão confirma a convergência da floresta em regeneração para a floresta madura, principalmente no sub-dossel, que já não apresentou diferenças na riqueza e fisionomia entre M1, M2 e R1. Os fatores abióticos declividade e luminosidade explicaram pobremente a sucessão, 9,5% e 8,7%, no dossel e no sub-dossel, respectivamente, embora de maneira significativa (p<0,05), sendo a idade desde o abandono o melhor preditor para riqueza e diversidade de espécies nesta cronossequência. A intensidade do impacto na área recente pode levar à necessidade de medidas de restauração devido à regeneração ser retardada sob estas condições. Assim, pode-se observar a convergência do sub-dossel em aproximadamente 40 anos, enquanto o dossel irá necessitar de mais tempo para convergir, porém já apresentando esta tendência.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais}, note = {Departamento de Ciência Florestal} }