@PHDTHESIS{ 2013:702784032, title = {As invasões biológicas e seus efeitos sobre os sistemas locais de usos de plantas na caatinga e no carrasco – Nordeste do Brasil.}, year = {2013}, url = "http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4854", abstract = "Este trabalho teve como objetivos registrar a composição florística e estrutura da flora invasora em duas regiões do semiárido nordestino, suas potencialidades para os moradores locais, bem como testar hipóteses relacionadas à influência de espécies invasoras atreladas a questões culturais, verificando se as mesmas atuam no empobrecimento cultural, enriquecimento e/ou facilitação cultural. O trabalho foi desenvolvido em áreas antrópicas inseridas em duas florestas secas semidecíduas no nordeste do Brasil (Caatinga e Carrasco). Inicialmente foi realizada a amostragem florística para o conhecimento da flora invasora (360 parcelas). Posteriormente foram realizadas entrevistas semiestruturadas e aplicação do método checklist-entrevista com o objetivo de obter informações acerca do reconhecimento, disponibilidade e usos locais, bem como entender como tais plantas estão inseridas no contexto cultural dos moradores das duas comunidades. Com relação a composição florística, as famílias com maior riqueza de espécies são Fabaceae e Poaceae com oito espécies cada (Crato) e Asteraceae (4), Malvaceae, Rubiaceae e Solanaceae (com 3 spp. cada (Caruaru)). No Carrasco as espécies mais representativas em número de indivíduos são Diodella teres (1535) e Bidens bipinnata (814). Para a Caatinga são Diodella teres (1066) e Blainvillea acmella (944). O índice de diversidade de Shannon foi de 2,13 para a comunidade inserida em vegetação de carrasco e 2,09 para a comunidade localizada na área de caatinga, não apresentando diferenças significativas entre a diversidade das duas áreas (t = 1,38, p>0,05). Com relação a riqueza das duas áreas houve uma baixa similaridade (J=0,291). Nas áreas antropogênicas de carrasco, a densidade total registrada foi de 4.739 ind. 180m-2, para o ambiente de caatinga a densidade total foi menor, 5.283 ind. 180m-2. Em Minguiriba (carrasco) houve correlação negativa entre a dominância percebida pelos moradores (valor que varia de 1 a 4, onde 1 é muito dominante e 4 pouco dominante) e a abundância encontrada nas parcelas (rs=-0.4701, p=0.0033). Já em Riachão de Malhada de Pedra (caatinga) não houve correlação entre a abundância observada pelos informantes da comunidade e a registrada no interior das parcelas (rs=-0.1018,p=0.5548). O uso predominante foi o forrageiro nas duas comunidades (81% e 83% - carrasco e caatinga, respectivamente), seguido pelas plantas medicinais (59% e 47%), alimentícias (13% e 11%), tecnologia (10% e 25%) e outros (21% e 8 %). As plantas mais reconhecidas também são as plantas mais utilizadas localmente (p<0,05). Com relação a validação local das três hipóteses de invasão cultural, pode-se observar que tal “modelo” não se aplicou fidedignamente as comunidades estudadas, no que diz respeito ao empobrecimento cultural, havendo relatos para o enriquecimento e para a facilitação cultural, para as todas as categorias de usos presentes nas áreas de estudo. Com os resultados do presente estudo, pode-se destacar a importância local das plantas invasoras para as pessoas das duas comunidades, no que diz respeito a disponibilidade, reconhecimento, usos e representatividade cultural local de tais espécies.", publisher = {Universidade Federal Rural de Pernambuco}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Botânica}, note = {Departamento de Biologia} }